A versão mainstream que circula na imprensa americana até este momento (inclusive na Fox News, enquanto falamos) contradiz o que temos visto na internet (em especial, neste vídeo abaixo).
Segundo o que acabo de ouvir na Fox News, o atirador subiu no telhado, foi identificado pelo público, que avisou à Polícia local, responsável pela segurança fora do perímetro. Crooks então teria sido confrontado por um policial local, – que recuou ao ser ameaçado com o AR-15 – e então, assustado, Crooks imediatamente reagiu atirando apressadamente em Trump, sendo eliminado em seguida pelo sniper do Serviço Secreto.
Entre a confirmação da ameaça pelo policial e os tiros contra Trump, teriam se passado, portanto, poucos segundos. Eu concordo que o vídeo abaixo dá uma impressão diferente. Nela, fica claro que 2 minutos inteiros se passaram entre o público identificando o atirador – e alertando a polícia – e os disparos. Mas algumas questões não são respondidas pelas imagens. Por exemplo, não sabemos quanto tempo a polícial local demorou para confrontar Crooks.
Também não está claro se o sniper do Serviço Secreto tinha a visão de Crooks durante estes 2 minutos (ou 3, segundo outras versões). O atirador claramente se movimenta agachado pelo telhado, que tem uma angulação (como todo telhado) que poderia estar bloqueando a visão do SS. Assim, não está claro, até o momento, quanto tempo exatamente o sniper do SS demorou para reagir depois de identificar o alvo e se demorou porque não recebeu uma autorização para atirar. Uma fonte disse ontem à NBC que ele não precisava dessa autorização. Trump é o único que está elogiando a atuação do Serviço Secreto.
Eu estou em dúvidas entre uma negligência grosseira (talvez por falta de recursos) e uma cumplicidade. É impossível confiar no deep state americano sabendo tudo que sabemos hoje em dia. A moral da história, por enquanto, é não acreditar imediatamente em tudo que você vê na internet e muito menos na grande mídia.
Enquanto os “especialistas do Twitter” já estão cheios de certezas, tenho procurado manter o equilíbrio jornalístico entre ceticismo e curiosidade. Lembrem-se: “Afirmações extraordinárias requerem evidências extraordinárias”.
