Foto: Arthur Max/MRE
Aparelho está em poder da polícia desde 8 de fevereiro deste ano
Em um ofício enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) informou não ter conseguido extrair dados do celular de Filipe Martins.
O aparelho foi levado pela PF em 8 de fevereiro, data na qual o ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais acabou preso, por supostamente fazer parte do que seria uma tentativa de golpe.
Prazo dado por Moraes no caso Filipe Martins
O documento da corporação chegou à Corte na quinta-feira 17, um dia depois de o prazo de 48 horas dado pelo juiz do STF não ter sido cumprido pela PF, conforme revelou Oeste.
Moraes oficiou a PF após a Tim confirmar que o aparelho de Martins esteve ligado no Brasil nas datas em que ele embarcou supostamente com Bolsonaro para Orlando, na Flórida.
Prisão
Em 12 de junho, Oeste noticiou em primeira mão que o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos informou que a viagem mais recente de Martins àquele país ocorreu em 18 de setembro de 2022, com destino a Nova York.
A defesa de Martins já havia dito que o ex-assessor não esteve em Orlando na data informada por Moraes. Além disso, a própria Alfândega já comunicara que não havia registros da entrada de Martins nos EUA naquele período.
Outras evidências de que o ex-assessor estava no Brasil no fim de 2022
Há um mês, a defesa de Martins reuniu comprovantes da Uber que reforçam a tese de que o ex-assessor não viajou para os EUA em 30 de dezembro de 2022.
Conforme os documentos juntados pelos advogados, aos quais Oeste teve acesso, Martins esteve em uma hamburgueria no centro de Brasília, em 30 de dezembro. No dia seguinte, ele se dirigiu ao aeroporto da capital federal para viajar para Curitiba.
Ao chegar à cidade, ele também usou o serviço por aplicativo, de acordo com os comprovantes. Na ocasião da presença de Martins em Curitiba, Bolsonaro já havia embarcado para o estrangeiro.
Em fevereiro deste ano, a Revista Oeste revelou a existência de bilhetes de passagens aéreas que comprovaram a presença de Martins no Brasil na data alegada por Moraes para mandar prendê-lo.
Interpelada pelo STF semanas depois, a Latam confirmou a ida do ex-assessor à capital paranaense.