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O ex-presidente Barack Obama, um dos mais destacados membros do Partido Democrata, e sua esposa, a ex-primeira-dama Michelle Obama, endossaram oficialmente a candidatura da vice-presidente Kamala Harris à presidência.
Obama, de 62 anos, que teve pelo menos uma ligação pública conhecida com Harris no domingo, elogiou-a, dizendo que ela tem a “visão, o caráter e a força que este momento crítico exige”.
“No início desta semana, Michelle e eu ligamos para nossa amiga Kamala Harris,” escreveu o ex-presidente no X na sexta-feira.
“Dissemos a ela que achamos que ela será uma presidente fantástica dos Estados Unidos e que ela tem nosso total apoio. Neste momento crítico para o nosso país, faremos tudo o que pudermos para garantir que ela vença em novembro. Esperamos que você se junte a nós.”
Outros líderes do partido foram rápidos em endossar Harris. O presidente Biden a apoiou imediatamente após anunciar seus planos de sair da corrida de 2024 em 21 de julho.
Democratas importantes, incluindo Bill e Hillary Clinton, a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi (D-Calif.), o líder da maioria no Senado Chuck Schumer (D-NY) e o líder da minoria na Câmara Hakeem Jeffries (D-NY) também deram a ela seu aval oficial.
Mas Obama, que tem um histórico de ser cauteloso em seus endossos em corridas presidenciais, demorou para apoiar Harris.
A hesitação foi em parte motivada pelo desejo de não ofuscar o momento de Biden, incluindo seu discurso em horário nobre na quarta-feira sobre sua decisão histórica de sair da corrida, informou a NBC.
“Joe Biden tem sido fiel a essas palavras repetidamente ao longo de uma vida de serviço ao povo americano. Obrigado, POTUS,” escreveu Obama no X após o discurso de Biden.
Além disso, pessoas familiarizadas com o raciocínio de Obama acreditavam que ele também atrasou seu endosso na tentativa de ajudar a sustentar o impulso de Harris, segundo o relatório.
A recém-reformada campanha Harris para Presidente afirma ter arrecadado mais de US$ 100 milhões entre a tarde de domingo e a noite de segunda-feira. Obama parecia estar interessado em prolongar sua lua de mel política.
Nas eleições de 2020 e 2016, Obama esperou até que fosse claro que Biden e Hillary Clinton venceriam suas respectivas primárias antes de conceder seu endosso.
Naquela época, Obama disse a confidentes que não queria “influenciar o resultado”, de acordo com o New York Times.
Obama também permaneceu em silêncio em público sobre a crescente rebelião democrata contra Biden que se desenrolou após seu desempenho no debate contra o ex-presidente Donald Trump no mês passado.
Ele havia dito em uma declaração que “noites ruins de debate acontecem” e argumentou que a “eleição ainda é uma escolha entre alguém que lutou por pessoas comuns durante toda a sua vida e alguém que só se importa consigo mesmo”.
Após a decisão historicamente sem precedentes de Biden de sair da corrida, Obama elogiou seu ex-vice e expressou confiança de que um “processo” para encontrar um sucessor ocorreria.
“Navegaremos por águas desconhecidas nos próximos dias. Mas tenho uma confiança extraordinária de que os líderes do nosso partido serão capazes de criar um processo do qual emergirá um candidato excepcional,” escreveu ele em um post no Medium que não mencionava Harris.
Na quarta-feira, o painel de regras do Comitê Nacional Democrata votou para virtualmente coroar seu candidato antes da convenção do próximo mês.
Isso significa que Harris provavelmente terá que anunciar sua escolha para vice-presidente até o final da primeira semana de agosto.
A equipe de Harris tem trabalhado freneticamente para avaliar potenciais candidatos. A noite da eleição está a pouco mais de três meses de distância.
