Foto - Federico Parra/AFP
Ditador determina retirada imediata de embaixadores de nações que contestaram a sua ‘vitória’ na eleição deste domingo, 28
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, rompeu relações diplomáticas com sete países que contestaram sua “vitória” nas eleições do país, anunciada na madrugada desta segunda-feira, 29.
O anúncio foi feito pelo regime chavista no fim desta tarde. Maduro também exige que os embaixadores das nações na Venezuela sejam retirados imediatamente por seus governantes. Os países são:
- Argentina;
- Chile;
- Costa Rica;
- Peru;
- Panamá;
- República Dominicana; e
- Uruguai.
No comunicado, a ditadura alega que as nações citadas fazem parte de um “grupo de governos de direita subordinado à Washington (Estados Unidos)”. O governo bolivariano também afirmou que irá enfrentar todas as ações que “atentem contra o clima de paz e esforços do povo venezuelano”.
Em uma carta conjunta publicada depois dos resultados, os sete países afirmaram que é necessário verificar se os resultados respeitaram a vontade popular. Eles também pediram uma contagem transparente dos votos e solicitaram uma reunião urgente do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Venezuela registra protestos contra Maduro depois de eleição repleta de denúncias de fraude
Cidades da Venezuela registraram protestos contra o ditador Nicolás Maduro, nesta segunda-feira, depois de o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), ligado ao regime, declarar a reeleição do chavista.
Conforme o CNE, mesmo sem o encerramento da apuração, Maduro tem mais de 50% dos votos, enquanto o ex-diplomata Edmundo González, candidato da oposição, terminou a disputa com 44%.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram “panelaços” na capital Caracas, por 20 minutos, logo após o anúncio do CNE, que se estenderam ao longo do dia.
Já nesta tarde, pessoas saíram às ruas contra o regime. Nas imagens, é possível ver pneus queimados e confronto com as forças de repressão da ditadura.
Em Puerto La Cruz, uma multidão tomou uma das principais vias da cidade em repúdio à ditadura.
No Estado de Fálcon, uma multidão enfurecida chegou a derrubar uma estátua de Hugo Chávez, antecessor de Maduro.
