Foto - Montagem/revista Oeste
Homero Marchese, ex-deputado estadual, teve redes sociais bloqueadas pelo ministro em processo contraditório
O ex-deputado estadual do Paraná Homero Marchese, cujas redes sociais foram bloqueadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, falou na última quarta-feira, 21, sobre a conduta do magistrado no processo.
Segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo, o processo revela erros e contradições nas explicações dadas por Moraes, além do uso informal do órgão de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Quando eu fui censurado, eu e meus advogados […] ficávamos nos questionando como a publicação que eu fiz […] tinha chegado no TSE”, afirmou Marchese, em um vídeo publicado no Instagram.
“A gente imaginava que aquela agência de espionagem que tinha sido montada no TSE poderia estar monitorando a internet e ter encontrado aquele banner em um grupo de WhatsApp”, acrescentou.
Uma outra hipótese levantada por Marchese e pelos advogados dele era que a denúncia teria ocorrido por meio de algum opositor que quisesse prejudicá-lo.
“Mas, sinceramente, não passou pela nossa cabeça que o próprio ministro tinha recebido aquela publicação de alguma forma e encaminhado para o TSE um pedido de relatório”, explicou.
A Folha destacou que um pedido de investigação feito por Moraes foi registrado oficialmente como uma denúncia “anônima”. O TSE foi usado para alimentar inquéritos criminais em andamento contra apoiadores de Bolsonaro, como o das fake news e o das “milícias digitais”.