Processo foi instaurado por determinação do próprio ministro do STF; PF já ouviu depoimento de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do magistrado
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes decidiu retirar o sigilo na noite de 5ª feira (22.ago.2024) do inquérito que investiga o vazamento de mensagens de Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação), do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com o juiz instrutor de gabinete Airton Vieira.
Moraes é citado nas conversas obtidas pela Folha de S.Paulo, que também mostram o recebimento de dados sigilosos da Polícia Civil de São Paulo pelo chefe do órgão do TSE. O ministro é o responsável por analisar o caso dos vazamentos das mensagens e determinar eventuais medidas cautelares contra Tagliaferro.
O processo tramita na Corte foi aberto em sigilo. Depois do depoimento de Tagliaferro à PF na 5ª feira (22.ago), Moraes retirou o sigilo. O caso foi distribuído ao ministro “por prevenção” (quando o processo é enviado para o ministro “que já julgou outro processo ou recurso relacionado ao caso”).