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Por Paula Schmitt
O jornalismo é conhecido como o 4º Poder, mas em uma sociedade democrática ele é o 1º. É o bom jornalismo que vigia e escrutina todos os outros poderes. É ele que investiga juízes, que policia a polícia, que lê as entrelinhas da lei, que confere os números oficiais. Mas quem vigia esses vigias? Cientistas são fiscalizados por outros cientistas na chamada “revisão dos pares,” mas por que isso não acontece entre jornalistas? Quem é que verifica aqueles que se intitulam os divulgadores da verdade? Quem afere a sua exatidão? A resposta é: praticamente ninguém. Na abertura do livro Fontes Inseguras – Um Guia Para Detectar O Viés Na Imprensa, a epígrafe é certeira: “O totem mais sagrado da imprensa é a própria imprensa”. E é provavelmente por essa razão que ela está com sua morte decretada.