O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira (B3), amanheceu em queda nesta quinta-feira, refletindo um cenário de volatilidade após atingir um novo recorde de pontuação na véspera.
Na quarta-feira (28), o Ibovespa registrou 137.344 pontos, uma marca histórica. A alta foi impulsionada pela sólida performance de gigantes como Petrobras e Itaú Unibanco, que trouxeram otimismo aos investidores.
Quais os Impactos da Indicação de Gabriel Galípolo no Mercado?
A indicação de Gabriel Galípolo, atualmente diretor de política monetária do Banco Central, para presidir a instituição, vem gerando expectativas. O anúncio feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trouxe a indicação diretamente do presidente da República.
Galípolo ainda precisa passar pelo crivo do Senado Federal, mas a sua nomeação já mexe com o mercado, que vê com bons olhos sua atuação técnica até o momento. Desde que entrou para a diretoria em maio do ano passado, há uma perspectiva de que ele poderia ser indicado para o cargo.
O dólar segue em alta, cotado a R$ 5,5564, um aumento de 0,99%. Essa valorização faz parte de uma série de oscilações da moeda americana, que vem acumulando uma alta de 14,51% no ano. Diversos fatores contribuem para essa alta, entre eles, a expectativa pela divulgação de um novo indicador de inflação nos Estados Unidos.
No cenário internacional, o dólar é impactado pelas taxas de juros americanas, atualmente entre 5,25% e 5,50% ao ano. Com a possibilidade de um corte de juros por parte do Fed, a moeda americana tende a se valorizar.
Qual foi o Desempenho da Bolsa e da Azul na B3?
No Brasil, a Azul despenca mais de 24%, o pior desempenho do Ibovespa nesta quinta-feira. A empresa aérea enfrenta graves problemas de endividamento e está estudando diferentes alternativas, que vão desde uma nova oferta de ações até a recuperação judicial.
- Alta de 0,86% na semana
- Alta de 7,15% no mês
- Ganhos de 1,93% no ano
Esses números da bolsa refletem um movimento de busca por estabilidade entre os investidores, que observam atentos os desdobramentos econômicos e políticos.
O Que Esperar das Decisões do Fed?
No cenário internacional, o foco está nos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed) se reunirá em setembro para decidir o futuro das taxas de juros. A declaração de Jerome Powell no Simpósio de Jackson Hole, apontando para um possível corte de juros, trouxe um novo ânimo aos mercados globais.
Os juros americanos, atualmente no maior patamar em mais de 20 anos, poderiam ser cortados, o que pode resultar em uma melhora nas perspectivas para investimentos de risco. A redução das taxas de juros tende a baratear o crédito e diminuir a rentabilidade dos títulos do Tesouro americano, beneficiando ativos de risco como ações e moedas de outros países.