O Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), está novamente no centro das atenções devido a mais uma polêmica decisão envolvendo o bloqueio integral das redes sociais de diversas personalidades brasileiras. Essa decisão, proferida em janeiro de 2023, ordenou o bloqueio total das contas, sob de figuras públicas influentes, como o apresentador Monark, conhecido como o “Joe Rogan Brasileiro”, o senador Alan Rick, e o deputado federal Nikolas Ferreira, o parlamentar mais votado da história do país, além da a comentarista Paula Marisa, a influenciadora Bárbara Destefani, revelados hoje pelo perfil oficial no X conhecido como “Alexandre Files”.
A decisão exigia que plataformas como Facebook, Rumble, Telegram, TikTok, X/Twitter e YouTube bloqueassem imediatamente as contas listadas, sob pena de multas diárias no valor de R$ 100.000,00 por descumprimento.
Censura e Inconstitucionalidade
A decisão de Moraes é amplamente criticada por ser inconstitucional em pelo menos cinco aspectos fundamentais:
- Violação da Liberdade de Expressão: A medida fere o direito constitucional à liberdade de expressão, assegurado pelo artigo 5º, inciso IV, da Constituição Federal. Esse direito, que engloba não apenas a emissão de opiniões, mas também o acesso a diferentes pontos de vista, foi desconsiderado pelo ministro, que ignorou precedentes do próprio STF sobre o tema.
- Sigilo Injustificável: A decisão foi proferida em caráter sigiloso, em desrespeito ao artigo 5º, inciso LX, da Constituição Federal, que permite a restrição da publicidade dos atos processuais apenas quando a defesa da intimidade ou o interesse social assim o exigirem. No caso em questão, não há qualquer justificativa razoável para a confidencialidade.
- Ausência de Fundamentação: A ordem foi encaminhada sem a devida fundamentação judicial, o que viola o artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal, que garante o devido processo legal. Essa falta de transparência impede que as partes envolvidas, como o X (antigo Twitter), saibam as razões para o bloqueio das contas, comprometendo o direito ao recurso.
- Imunidade Parlamentar Ignorada: A decisão também atingiu parlamentares federais, como Alan Rick e Nikolas Ferreira, violando o artigo 53 da Constituição Federal, que assegura aos deputados e senadores a inviolabilidade por quaisquer opiniões, palavras e votos.
- Violação da Autodeterminação Informativa: A medida compromete o direito à autodeterminação informativa, previsto no artigo 5º, inciso LXXIX, da Constituição Federal. Ao bloquear as contas, Moraes privou os titulares do direito de controlar e acessar seus próprios dados pessoais, um direito fundamental em um mundo cada vez mais digitalizado.
Escalada de Autoritarismo e Repercussão Internacional
Essa não é a primeira vez que as ações de Moraes são criticadas por sua natureza autoritária e por ultrapassar os limites constitucionais. As decisões tomadas pelo ministro têm gerado um crescente mal-estar tanto no Brasil quanto no exterior, onde as ações contra plataformas como o X (antigo Twitter) são vistas como uma grave ameaça à liberdade de expressão e aos direitos civis.
Além disso, a revelação de documentos que comprovam a extensão dessas ordens ilegais adiciona mais um capítulo à história da crescente censura no Brasil. As críticas à postura de Moraes vêm de diversas frentes, incluindo juristas, parlamentares e organizações de direitos humanos, que veem essas medidas como parte de uma escalada preocupante de autoritarismo judicial.
As ações do ministro, especialmente contra figuras públicas e plataformas digitais, têm levantado preocupações sobre o futuro da democracia no Brasil e a manutenção dos direitos fundamentais.
Uma resposta
Essas decisões jamais poderiam ter sido tomadas por um “Juiz”, e muito menos aprovadas por outros “Juízes”, que, em função dessas decisões, não têm o menor conhecimento da Constituição brasileira, ou…