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Agressão de Datena a Marçal é tema central em novo debate com bate-boca

Sexto debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo é marcado por confrontos. 

Um bate-boca incontrolável entre Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB) abriu o debate eleitoral entre candidatos à prefeitura de São Paulo na manhã desta terça-feira (17), realizado por Rede TV!/UOL. O encontro ocorreu dois dias após o debate eleitoral que ganhou evidência pela expulsão do candidato José Luiz Datena (PSDB) devido à agressão física praticada por ele, com uma cadeira, contra o adversário Pablo Marçal.

agressão do debate anterior, aliás, foi o tema principal na abertura deste novo encontro. “Covarde só apanha uma vez. Muitos concordam que minha atitude pode ser enquadrada como legítima defesa da honra”, alegou Datena, acrescentando que Marçal faz uma campanha “baixa e suja”.

Em contrapartida, Marçal definiu o comportamento de Datena como “análogo ao de um orangotango” e disse ainda: “Ele não é homem, cometeu uma tentativa de homicídio contra mim”. A gritaria entre Marçal e Nunes, ainda no primeiro bloco, escalou depois de o candidato do PRTB ter dito que o “futuro ex-prefeito” iria para a cadeia pela suspeita de desvio de dinheiro de merenda escolar.

Marçal também resgatou a denúncia de agressão de Nunes contra a mulher dele. “Se sua mulher te perdoou, São Paulo não vai perdoar”. Com cadeiras parafusadas no chão e detector de metais na entrada da emissora, o evento foi mediado por Amanda Klein.

Participaram do debate em São Paulo os seis candidatos mais bem colocados nas pesquisas: Guilherme Boulos (Psol), Datena, Marina Helena (Novo), Marçal, Nunes e Tabata Amaral (PSB). Foram cinco blocos. O próximo confronto direto entre os postulantes ao cargo de prefeito de São Paulo está marcado para sexta-feira (20), às 11h15, promovido por SBTTerra e Nova Brasil.

Seguranças ficam à frente de cada púlpito durante os intervalos

Imagem divulgada pelo site UOL mostrou o posicionamento dos seguranças de cada candidato, à frente de cada púlpito, durante os intervalos entre os blocos.

Marina Helena acusa Tabata de usar jatinho para visita namorado

Na abertura do segundo bloco, a candidata do Novo acusou Tabata Amaral de utilizar jatinho particular para ver o namorado e prefeito de Recife, João Campos (PSB). Tabata afirmou não ter feito nenhuma viagem com avião particular e ameaçou Marina com um processo na justiça.

“Isso é um delírio grave, Marina. Com todo respeito, aguarde um processo. Isso não corresponde à realidade”, afirmou Tabata, que no final da resposta sugeriu para Marina assistir uma série sobre sua história em uma plataforma de streaming.

Boulos é questionado sobre rachadinha de Janones em debate de São Paulo

O candidato do Psol foi questionado por uma das jornalistas sobre o processo envolvendo o deputado federal André Janones (Avante-MG), que é acusado de rachadinha, prática de devolver parte dos salários dos funcionários para um político. Boulos foi o relator do processo que pede a cassação de Janones no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, e apresentou parecer pelo arquivamento da ação.

“Eu não escolhi ser o relator, fui sorteado. Existe um critério que não fui eu quem escolhi, que inclusive livrou os bolsonaristas do 8 de janeiro, que fizeram todo aquele quebra quebra e a tentativa de golpe, livrou eles de irem para o Conselho de Ética, que aquilo que ocorria antes do mandato não podia ser julgado nesta legislatura. Isso é uma jurisprudência já aplicada no Conselho de Ética e não pode ter dois pesos e duas medidas”, justificou Boulos.

Ele fez questão de pontuar, ao final da resposta: “Partido de Janones apoia o Ricardo Nunes aqui em São Paulo, não eu”.

Marçal pede desculpas a Tabata por afirmação sobre suicídio do pai da candidata

Em uma das suas participações durante o novo debate em São Paulo, Tabata Amaral evidenciou que Marçal está “há meses atacando a sua honra e dos adversários”. A candidata relembrou os ataques a ela no início da campanha, incluindo acusações relacionadas ao suicídio do pai da candidata. “Contou uma mentira suja e mentirosa sobre meu pai, dizendo que eu era culpada pelo suicídio do meu pai”, disse Tabata.

No fim da pergunta, Tabata questionou Marçal se ele se arrependia disso. “Eu não sabia o suficiente sobre sua vida, você me perdoa?”, perguntou o candidato do PRTB. “Eu cometi um erro em relação ao seu pai, fui injusto com você.”

Tabata não respondeu se perdoava Marçal e o candidato do PRTB, na réplica, insistiu no pedido. “Realmente fui injusto na história do seu pai. Eu realmente fui injusto com a Tabata, eu passei do limite”, afirmou Marçal.

Longas filas em exames e consultas de saúde é tema entre Marçal e Marina Helena

Marina Helena criticou o modelo atual da saúde, ponderando a demora de mais de 30 dias no sistema municipal, e questionou o que Marçal pretende fazer para resolver as filas de consulta com especialistas e exames de imagem no município de São Paulo.

“Vamos criar convênios com o governo do estado, retomar consultas por telemedicina. Faremos centros especializados para tratar das mulheres. As mulheres precisam ser bem defendidas, porque temos dois agressores aqui. Um de agressão sexual e outro pela própria esposa”, afirmou Marçal.

Datena e Tabata repetem dobradinha em debate entre candidatos de São Paulo

Antes da eleição, o candidato do PSDB cogitou ser vice de Tabata Amaral, mas isso não se concretizou, e ele lançou a candidatura própria à prefeitura de São Paulo. Ao ser questionado sobre o assunto por um dos jornalistas participantes do debate, Datena elogiou Tabata e disse que, apesar de não ter sido vice, a admiração pela candidata do PSB permanece.

Em um segundo momento, Datena perguntou para Tabata sobre o combate ao crime organizado e elogiou mais uma vez a candidata do PSB. “Apenas eu e a Tabata falamos sobre o crime organizado os demais candidatos parece que têm medo”, afirmou.

Na resposta de Tabata, a candidata criticou, por sua vez, o que entendeu ser uma dobradinha entre o prefeito e o candidato do Psol. “Nunes, se pudesse, teria o apoio dele”, disse Tabata sobre Boulos.

“Sou o único que não recebeu WhatsApp de Pablo Marçal”, diz Boulos

Boulos fez questão de pontuar que, aparentemente, foi o único entre os seis candidatos presentes do debate que não recebeu mensagem de Marçal no WhatsApp, afirmação feita após adversários mencionarem interações do candidato do PRTB por celular, nos últimos dias. “Sou o único que não recebeu WhatsApp de Pablo Marçal”, disse o candidato do Psol.

Boulos ainda completou, afirmando que, se receber mensagens de Marçal, bloqueará o candidato no aplicativo e que “não quer fazer parte desse grupo, graças a Deus”.

“Essa aqui é a turma do Chaves”, diz Pablo Marçal

Em análise quase ao final do debate, Marçal disparou: “Essa aqui é a turma do Chaves”. O candidato do PRTB foi questionado sobre uma fala do tio dele, candidato a vereador em Mozarlândia (GO), Edson Marçal. “Meu sobrinho é muito inteligente, mas não concordo com esse jeito dele de bater nos outros”, disse Edson à RedeTV!. Marçal não gostou da declaração. “Meu tio Edson, que me pediu para gravar vídeo, você não vai ganhar vídeo, e se vire para se eleger aí no interior de Goiás”, retrucou.

No mesmo bloco, a candidata do Novo foi questionada sobre a “mudança de lado” no debate e se ela teria desistido de apoiar Pablo Marçal. “Não tem ninguém café com leite nessa eleição. Está muito errado isso de que eu apoio o Pablo Marçal. O que eu vejo é que ele se posiciona no campo da direita. E a questão do impeachment do Alexandre de Moraes, hoje, é o principal problema do nosso país. E, por isso, eu fiz essa pergunta. Não fiz só para o Pablo, fiz para a Tabata e vou fazer para todos os candidatos, se eu tiver essa oportunidade”, afirmou Marina Helena.

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