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Ditadura da Venezuela cancela passaportes de jornalistas

De acordo com o jornal Financial Times, ativistas sociais também sofreram sanções por parte do regime de Nicolás Maduro

A ditadura da Venezuela tomou a decisão de anular os passaportes de dezenas de jornalistas e ativistas. A informação foi divulgada pelo pelo jornal Financial Times.

Essa ação, que ocorreu logo depois da “reeleição” do ditador Nicolás Maduro, faz parte de uma repressão crescente contra seus opositores. Segundo o grupo de direitos humanos Laboratório de Paz, com sede em Caracas, pelo menos 40 pessoas, incluindo jornalistas e defensores de direitos humanos, tiveram seus passaportes cancelados sem explicação.

O grupo destaca que o número real pode ser ainda maior, pois muitos têm medo de denunciar. No principal aeroporto da Venezuela, autoridades confiscaram passaportes, impedindo viagens internacionais dessas pessoas.

Rafael Uzcátegui, codiretor do Laboratório de Paz, declarou: “Ao contrário do assassinato ou da tortura, que têm um custo político mais alto, o governo descobriu que o cancelamento de passaportes é uma maneira eficaz de neutralizar e abafar vozes críticas com o mínimo de esforço”.

A suposta vitória de Nicolás Maduro na contestada eleição de julho foi confirmada pelos órgãos eleitorais e judiciais, ligados ao regime chavista. A oposição, liderada por María Corina Machado, rejeita a legitimidade do resultado e defende a hipótese de fraude.

Ditadura da Venezuela já prendeu jornalistas por “terrorismo”

Em agosto, o Sindicato dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) acusou a ditadura de Nicolás Maduro de prender quatro jornalistas sob a alegação de terrorismo. Os comunicadores estavam presentes nas manifestações que tomaram a Venezuela depois da alegada reeleição do chavista.

“Denunciamos o uso ilegal e arbitrário das leis antiterrorismo na Venezuela, especialmente contra jornalistas e repórteres fotográficos e cinematográficos”, afirmou o SNTP, em comunicado publicado nas redes sociais. “Foram detidos durante os protestos pós-eleitorais no país.”

Na época, o sindicato ainda afirmou que os jornalistas foram impedidos de ter acesso a advogados particulares. As prisões, segundo o órgão, ocorreram em diferentes Estados venezuelanos.

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