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Kassab diz lamentar inelegibilidade de Bolsonaro e flerta com Tarcísio para 2026

Presidente do PSD afirma, ainda, que não vê boa vontade do Judiciário de mudar decisão contra Bolsonaro.

O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que lamenta que um ex-presidente da República como Jair Bolsonaro (PL) tenha sido condenado à inelegibilidade e vê como difícil que o Judiciário mude a decisão. O partido integra a base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com ministros como Carlos Fávaro (Agricultura) e Alexandre Silveira (Minas e Energia), mas flerta com a direita para fazer um sucessor em 2026.

O nome mais cotado é o do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, que ainda não confirmou a intenção de concorrer com Lula, mas dá sinais de que pretende ir além do que apenas o estado.

“Lamento muito que um ex-presidente da República esteja nesta condição. Não é bom para o país, não é bom para a nossa imagem no exterior. Torço para que tudo isso que aconteceu tenha sido um grande equívoco, mas vejo muita pouca vontade do Judiciário de mudar sua decisão”, disse em entrevista à GloboNews na noite de quarta (16).

Kassab também foi questionado sobre os rumos do PSD no futuro, se continuaria na base aliada de Lula ou um projeto presidencial. Ele afirmou que o partido que “não tem esse projeto, está condenado a ser dissolvido”.

E flertou com Freitas, disputado tanto por ele como pelo PL do próprio Bolsonaro, que tem no governador de São Paulo seu possível sucessor mais forte. Recentemente, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, chegou a reconhecer essa disputa, mas apontou que não anda com boas relações com Kassab.

“O Tarcísio é a grande renovação da política brasileira, eu tenho nele hoje o melhor quadro da política brasileira. Muito bem preparado, muito inteligente, com capacidade de estruturar a equipe, por onde passou saiu muito bem avaliado, e em governos totalmente diferentes do ponto de vista ideológico”, pontuou.

Ele ainda emendou com um aceno tanto à direita mais liberal como à esquerda mais social, afirmando que o partido “está se preparando, que tem uma ideia clara de centro, que abraça na economia, o liberalismo”.

“Mas, vê com muito cuidado a questão social, defende investimentos expressivos no ensino público, na saúde pública, na defesa, na segurança”, completou.

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