Em um momento significativo para a comunidade brasileira nos Estados Unidos, a diáspora tem manifestado abertamente suas preocupações em relação às eleições presidenciais de 2024, com destaque para um receio claro: a transformação dos Estados Unidos em algo similar ao que se tornou o Brasil sob o atual cenário político. Muitos brasileiros, ao se encontrarem com o ex-presidente Donald Trump, externaram esse medo, pedindo que ele vença as eleições para que a América não siga o caminho de instabilidade e problemas enfrentados atualmente no Brasil.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais pela própria equipe de campanha de Trump, uma família brasileira faz um apelo direto ao ex-presidente, pedindo que ele “Sr. Presidente, por favor, não deixe os EUA se tornarem o Brasil”. Esse sentimento é cada vez mais ecoado por muitos brasileiros que vivem fora do país e enxergam na reeleição de Trump uma forma de impedir o avanço de políticas que poderiam aproximar os EUA do cenário brasileiro.
Trump, Kamala Harris e o McDonald’s: Controvérsia sobre passado de trabalho
Enquanto isso, em outro ponto da campanha, Donald Trump intensificou suas críticas à candidata democrata Kamala Harris. Em um evento de campanha em um McDonald’s na Pensilvânia, Trump fez questão de desmentir uma das histórias mais repetidas por Harris: a de que trabalhou em um McDonald’s durante sua juventude.
Vestindo um avental e distribuindo batatas fritas ao lado dos funcionários da franquia, Trump não perdeu a oportunidade de alfinetar sua rival, afirmando: “Eu adoro o McDonald’s. Adoro empregos. Acho inapropriado quando alguém diz por toda parte que trabalhou em um McDonald’s… mas nunca trabalhou em um McDonald’s.”
A equipe de Kamala Harris, no entanto, insiste que a vice-presidente realmente trabalhou em um McDonald’s durante o verão de 1983, em Alameda, Califórnia, para ajudar a pagar seus estudos na Universidade de Howard, em Washington.
A narrativa de Harris e a estratégia de Trump
Kamala Harris frequentemente usa essa história em seus discursos para tentar se aproximar das classes trabalhadoras, apresentando-se como alguém que conhece a realidade dos empregos básicos. Em contraste, ela tenta se distanciar da imagem de Trump, retratando-o como um magnata imobiliário que herdou sua fortuna.
A disputa entre Harris e Trump sobre esse detalhe pode parecer trivial, mas revela muito sobre as estratégias de campanha de ambos os candidatos. Harris busca humanizar sua trajetória, enquanto Trump se posiciona como defensor de empregos reais, lançando dúvidas sobre a autenticidade da história de sua oponente.
Brasileiros em alerta: “Não queremos que os EUA se tornem o Brasil”
Com as eleições de 2024 se aproximando, a questão de qual caminho os EUA seguirão ganha ainda mais relevância. Muitos brasileiros, que experimentaram as dificuldades econômicas, políticas e o cenário de cerceamento de liberdades recentes no Brasil, estão claramente preocupados com a possibilidade de os EUA adotarem políticas que podem resultar em uma trajetória semelhante à do Brasil atual, caso a Kamala vença a eleições. O apelo feito a Trump pelos brasileiros é claro: manter os EUA longe de uma gestão desastrosa e garantir que o país continue a ser uma terra de oportunidades e, acima de tudo, liberdades, diferentemente do viveram em sua pátria de origem nos últimos anos.
A eleição de Kamala Harris, é vista como um passo em direção a uma América mais parecida com o Brasil de hoje – uma visão que eles querem evitar a todo custo.
