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Putin e Dilma Rousseff discutem acordos entre os Brics na cúpula da Rússia

Foto -EFE/EPA/ALEXANDER KAZAKOV/KREMLIN

Enquanto Putin defende redução do uso do dólar em transações entre países parceiros, Dilma preside o banco ligado ao grupo

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, encontrou-se, nesta terça-feira, 22, com Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento. O encontro ocorreu em Kazan, durante a Cúpula do Brics, que ocorre na cidade russa.

Na reunião, Putin destacou a importância de acordos financeiros entre os países do Brics serem firmados em moedas locais. Segundo ele, tais medidas ajudam a reduzir os riscos geopolíticos e a separar o progresso econômico da influência política.

O Novo Banco de Desenvolvimento, criado em 2015 pelos países do Brics — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, tem como objetivo mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em mercados emergentes e no Sul Global.

Putin quer cooperação financeira do Brics e redução do uso do dólar

O presidente russo ressaltou, ainda, a relevância da cooperação financeira entre as nações do Brics e afirmou que ela pode contribuir significativamente para o desenvolvimento econômico dos países envolvidos. A presença de Dilma Rousseff na cúpula reforça o compromisso do banco em fomentar tais parcerias e apoiar iniciativas de crescimento sustentável.

Durante uma coletiva de imprensa na sexta-feira 18, Putin enfatizou a necessidade de estabelecer um “arranjo” para reservas internacionais e para diminuir a dependência do dólar.

Ele também sugeriu a criação de um sistema alternativo para a troca de informações entre bancos centrais. Em suas declarações, feitas antes da cúpula do bloco em Kazan, Putin destacou a importância do uso de moedas locais nas transações comerciais, mas rejeitou, por ora, a ideia de uma moeda única.

“O mundo todo está avaliando a viabilidade do dólar”, afirmou. “Até mesmo os aliados dos EUA estão reduzindo suas reservas. Não fomos nós que abandonamos o dólar.”

Apesar de sugerir, ele não mencionou as sanções impostas à Rússia depois da invasão da Ucrânia.

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