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PT (quase) some da Região Metropolitana de São Paulo

Foto – Reuters

O Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula por pouco não sumiu da Região Metropolitana de São Paulo, área que um dia já foi chamada de “Cinturão Vermelho”. Conseguiu eleger, Marcelo Oliveira, para a Prefeitura de Mauá. 

O PT também disputava a Prefeitura de Diadema neste domingo, 27. Entretanto, seu candidato, Filippi, perdeu com pouco mais de 104 mil votos válidos (47%). Seu oponente, Taka Yamauchi (MDB) ganhou com cerca de 116 mil votos válidos, o equivalente a 52% do pleito eleitoral. 

Com esse resultado no segundo turno, a esquerda representada pelo petismo elegeu um único nome entre os 39 municípios que compõem a região anteriormente conhecida como “Cinturão Vermelho”.

O desaparecimento do PT na Região Metropolitana de SP

A alcunha de “Cinturão Vermelho” não se deu por acaso. Na capital paulista, por exemplo, o PT já esteve à frente do Poder Executivo em três oportunidades: Luiza Erundina, Marta Suplicy e Fernando Haddad.

Hoje ministro da Fazenda do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad foi parte do que foi o último grande momento do “Cinturão Vermelho”. Em 2012, ele foi eleito prefeito paulistano. No mesmo ano, sem contar a capital paulista e seus mais de 11 milhões de habitantes, petistas haviam sido eleitos em cinco das outras seis cidades mais populosas da região.

Na ocasião, os integrantes do PT eleitos prefeitos foram:

  1. Sebastião Almeida (reeleição), em Guarulhos;
  2. Luiz Marinho (reeleição), em São Bernardo do Campo;
  3. Carlos Grana, em Santo André;
  4. Jorge Lapas, em Osasco; e
  5. Donisete Braga, em Mauá.

Apesar da era de ouro do petismo na área, nas eleições de 2016, a definição de “Cinturão Vermelho” como sinônimo da Região Metropolitana de São Paulo deixou de fazer sentido.

Depois de dois mandatos de Luiz Marinho, atualmente ministro do Trabalho, São Bernardo do Campo nunca mais elegeu um representante do PT como prefeito — detalhe: o município é o domicílio eleitoral de Lula.

Em Santo André, que assim como São Bernardo do Campo integra a sub-região do ABC Paulista, o cenário é similar. Na cidade de Celso Daniel, nenhum petista venceu depois da campanha de Grana em 2012. A história de decadência do PT na Grande São Paulo segue o mesmo cenário em Guarulhos e Osasco, que há 12 anos acumulam rejeições ao partido.

Em Osasco, o ex-prefeito Emídio de Souza ficou em segundo, mas viu Gerson Pessoa (Podemos) ser eleito no primeiro turno. Situação similar ocorreu com Bete Siraque em Santo André, onde Gilvan Júnior (PSDB) se tornou prefeito eleito já no dia 6 de outubro.

“Casa” eleitoral de Lula, São Bernardo do Campo foi outra cidade da Região Metropolitana de São Paulo a rejeitar o PT já no primeiro turno. Na cidade, o segundo turno foi entre o ex-vice-prefeito Marcelo Lima (Podemos) e o deputado federal Alex Manente (Cidadania), que conta com apoio formal do Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Neste domingo, Marcelo Lima foi eleito prefeito de São Bernardo do Campo com mais de 205 mil votos válidos, o que representa 55% do eleitorado do município.

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