Com um tom direto e provocador, Hulk Hogan, ícone do wrestling, resumiu o clima no comício de Donald Trump no Madison Square Garden, em Nova York, ao declarar: “Não vejo nenhum nazista fedorento aqui!” A declaração reflete a resposta dos apoiadores de Trump à crescente narrativa dos democratas que tentam retratá-lo como o “novo Hitler”.
Estive no Garden pela primeira vez em um comício de Trump, e o que vi foram muitas pessoas da comunidade judaica e bandeiras pró-Israel — algo que seria totalmente fora de lugar em um comício nazista. Ainda assim, Hillary Clinton, em uma declaração recente à CNN, comparou o evento com um infame comício de 1939, realizado no mesmo local, organizado pelo grupo pró-nazista Bund Germano-Americano.
A comparação de Clinton foi vista por muitos como um exemplo desnecessário e exagerado da retórica cada vez mais agressiva dos liberais ao associar Trump a figuras fascistas. Em contraste, o evento de Trump contou com uma multidão diversificada e foi marcado por discursos energéticos e mensagens patrióticas, especialmente em temas como economia e segurança nacional.
Kamala Harris, que inicialmente prometeu uma mensagem de “alegria” em sua campanha, agora recorre a ataques frequentes contra Trump, ecoados pela mídia tradicional americana. MSNBC, por exemplo, decidiu transmitir o comício de Trump ao vivo, apenas para superpor as imagens com vídeos de 1939, em uma tentativa clara de associação. Essa ironia não passou despercebida por Elon Musk, que chamou a emissora de “escória da Terra” em sua rede social, X.
Durante o comício, Trump criticou a mídia e os políticos democratas, acusando-os de promover uma divisão e ódio entre os americanos ao rotularem seus apoiadores de “nazistas”. Em uma reviravolta, ele destacou o apoio de seu genro judeu, Jared Kushner, e de sua filha Ivanka, que se converteu ao judaísmo, para desmentir a narrativa de ódio propagada por seus oponentes.
Em contraste, os manifestantes em oposição ao evento foram surpreendentemente poucos. Uma fonte do Serviço Secreto relatou que apenas 150 pessoas compareceram para protestar, muito abaixo das expectativas de milhares. Em 2016, multidões de liberais encheram as ruas para se manifestar contra Trump, mas, desta vez, sua ausência foi notória, indicando que a retórica do “novo Hitler” talvez não seja mais convincente.
Ao fim do evento, ficou claro que a campanha de Trump aposta na narrativa de ser o candidato capaz de resolver os problemas mais urgentes do país, como a crise econômica e a imigração ilegal. Em uma corrida cada vez mais acirrada, o apoio entusiástico de sua base em Nova York demonstra que, para muitos americanos, Trump é visto como a única alternativa viável para enfrentar os desafios que os Estados Unidos enfrentam atualmente.