Os Republicanos Concederam o Direito de Voto aos Negros
A campanha de Kamala Harris está tão preocupada com os dados de voto antecipado que, apesar das suspeitas de fraude em alguns estados decisivos, como Michigan, onde o registro eleitoral está inflado, recorreu à acusação de racismo e até nazismo para angariar votos.
Desde que Donald Trump entrou na política dos EUA, em 2016, a esquerda o tem caracterizado como racista, o que é surpreendente vindo de elites que apoiam o partido que se opôs à abolição da escravidão e levou o país à guerra civil. Nas últimas semanas, o desespero com o crescimento de Trump nas pesquisas e no voto antecipado levou democratas a chamarem Trump e seus eleitores até de nazistas, numa tentativa de atrair votos para Harris.
No dia 25, Hillary Clinton deu início a essa tática em uma entrevista à CNN, afirmando que o comício de Trump, JD Vance e Robert Kennedy em Nova York no dia 27 seria uma réplica de um comício dos nazistas americanos de 1939. A partir daí, democratas começaram a repetir essa narrativa, e a MSNBC incluiu o tema em seus títulos.
Alguns dos democratas mais fanáticos tentam conter a “fuga” de eleitores negros e hispânicos para Trump com avisos alarmantes, como o de uma igreja batista que exibia um cartaz dizendo que a vitória de Trump devolveria os negros aos campos de algodão.
O Papel dos Republicanos na Abolição da Escravidão
Como de costume, a esquerda distorce os fatos. Os republicanos foram os responsáveis pela abolição da escravidão nos EUA, enquanto os democratas do Sul lutaram para mantê-la, chegando a se rebelar contra a União. Abraham Lincoln, o primeiro presidente republicano, proclamou a emancipação dos escravos em 1863. Mais tarde, um Congresso de maioria republicana aprovou a 13ª Emenda (1865), que aboliu a escravidão, e a 14ª Emenda (1870), que garantiu o direito de voto aos negros.
Com o fim da Reconstrução, os sulistas retomaram o poder local e instituíram as chamadas Leis de Jim Crow, que segregavam e discriminavam os negros. Em 1896, a decisão da Suprema Corte em Plessy vs. Ferguson declarou constitucional a segregação com a doutrina “separados, mas iguais”, permitindo, por exemplo, vagões de trem exclusivos para negros.
A História do Racismo e o Partido Democrata
O racismo foi institucionalizado no Sul por governos democratas, que mantinham uma política de segregação e supressão de direitos. Presidentes democratas do Sul, como Woodrow Wilson, reintroduziram a segregação no governo federal. Durante a Segunda Guerra Mundial, apenas cerca de vinte estados permitiam casamentos interraciais, e a proibição foi finalmente considerada inconstitucional pela Suprema Corte em 1967, mas ainda vigorava em estados democratas no Sul e no Oeste.
Para ocultar essa herança racista, progressistas evitam associar o racismo ao Partido Democrata em representações culturais e acadêmicas. Em filmes como No Calor da Noite e Mississippi em Chamas, o partido dos políticos racistas nunca é mencionado.
O Padrinho de Hillary Clinton no Senado
Quando Hillary Clinton entrou no Senado em 2009, foi apadrinhada pelo senador democrata Robert Byrd, um ex-membro do Ku Klux Klan. Embora alguns democratas tenham migrado para o Partido Republicano após a dessegregação, como Strom Thurmond, o Partido Democrata manteve sua influência entre os eleitores negros ao adotar uma retórica mais inclusiva nas décadas de 1960 e 1970, sob líderes como John F. Kennedy e Lyndon B. Johnson.
Mesmo hoje, o Partido Democrata encara os eleitores negros como pertencentes a ele, seja nos campos de algodão ou nas urnas, mantendo uma narrativa que busca apagar seu passado racista.