Acusados podem pegar até 8 anos de prisão
A Polícia Federal (PF) concluiu na última segunda-feira, 4, investigações sobre ameaças virtuais à família de Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os irmãos Raul Fonseca de Oliveira, que é fuzileiro naval, e Oliverino de Oliveira Júnior foram indiciados por “tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito”.
Ambos foram para a prisão em maio por enviarem 41 e-mails ao trabalho da mulher do ministro. De acordo com a PF, as mensagens mencionavam “planos de violência” contra os filhos de Moraes, incluindo o uso de metralhadoras e granadas.
“Para perpetrar a ação, eles [o militar e o irmão] criaram duas contas de e-mail e, a partir destas, diversas outras, com intuito de encobrir quem de fato praticava os crimes”, relata o comunicado da PF.
A nota também afirma que “os indiciados, com emprego de grave ameaça, buscaram atingir o ministro do STF para, assim, restringir o exercito da atividade jurisdicional, caracterizando o crime de abolição ao Estado Democrático de Direito”.
Detalhes das ameaças à família de Alexandre de Moraes
A Procuradoria-Geral da República destacou que os e-mails citavam “comunismo” e “antipatriotismo”. Os textos também faziam ameaças à vida dos familiares do ministro.
Os acusados podem ser pegar uma pena de quatro a oito anos de prisão. Eles também enfrentam acusações de ameaça e perseguição, que estão sendo apuradas em processos distintos.