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PF indicia Pablo Marçal por laudo falso contra Boulos

A Polícia Federal indiciou, nesta sexta-feira (8), o empresário e ex-candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal pelo crime de uso de documento falso. Ele prestou depoimento na sede da PF em São Paulo pela manhã e foi comunicado do indiciamento.

O indiciamento é referente a uma publicação feita por Marçal em suas redes sociais, na véspera do primeiro turno das eleições municipais, no dia 4 de outubro. O ex-candidato publicou um suposto laudo que apontaria o consumo de drogas por seu adversário na disputa Guilherme Boulos (PSOL). O psolista alegou que o laudo médico apresentado é falso e a perícia da PF apontou a falsificação.

Após a denúncia, a oftamologista Aline Garcia Souza, filha do médico José Roberto de Souza, que aparece no documento usado por Marçal como o profissional que teria atendido Boulos após um suposto uso de cocaína, afirmou que a assinatura usada no documento é falsa. Ela assegura que o pai nunca trabalhou na capital paulista e jamais prestou serviço para a clínica apontada no laudo, a Mais Consultas. Ele era patologista e hematologista. O pai de Aline faleceu em abril de 2022 em decorrência de uma doença rara no sangue.

No dia 5 de outubro, a PF iniciou as investigações e a Justiça Eleitoral suspendeu as redes sociais de Marçal. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, intimou o candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal por uso indevido do X. A decisão, que foi compartilhada com a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, apresentou em seu texto que houve “indícios de abuso de poder econômico e de uso indevido dos meios de comunicação”.

Alguns grupos de WhatsApp da direita ligaram a iniciativa de Marçal à tentativa de “ajudar a esquerda” e levar o deputado psolista ao segundo turno. O laudo mentiroso, acreditam alguns apoiadores, provocaria uma onda de solidariedade a Boulos.

O relatório da PF será enviado, sob jurisdição do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), para o Ministério Público Eleitoral, que vai analisar se oferece denúncia ou não.

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