“Esta é a primeira vez em 55 anos que estou entre empregos”, disse Wallace
Chris Wallace anunciou que está deixando a CNN após três anos e pretende explorar plataformas independentes, como streaming ou podcasts, para seu próximo trabalho, em meio a relatos de demissões iminentes na rede que afetarão algumas de suas maiores estrelas.
Em conversa com o The Daily Beast, o apresentador de 77 anos afirmou que tem “nada além de coisas positivas a dizer. A CNN foi muito boa para mim. Esta é a primeira vez em 55 anos que estou entre empregos.”
“Estou realmente animado e me sentindo livre com isso”, disse Wallace, observando que o podcasting é “onde a ação parece estar.”
“Não saber é parte do desafio”, acrescentou. “Estou esperando para ver o que aparece. Pode ser algo que eu nem imaginei.”
A carreira de Wallace abrange várias redes ao longo de meio século, incluindo seus 18 anos na Fox News, conforme observado pelo The Hollywood Reporter.
A saída do jornalista — que apresenta “The Chris Wallace Show” aos sábados de manhã e “Who’s Talking to Chris Wallace?” — ocorre ao final de seu contrato de três anos no valor de US$ 8,5 milhões por ano.
O CEO e presidente da CNN, Mark Thompson, declarou: “Chris Wallace é um dos jornalistas políticos mais respeitados no setor de notícias, com um histórico único que abrange rádio, imprensa, televisão aberta, televisão a cabo e streaming. Queremos agradecer a ele pela dedicação e sabedoria que trouxe ao seu trabalho na CNN e desejar o melhor para o seu futuro.”
A notícia da saída de Wallace surge em meio a um relatório da Puck, que informa que a rede planeja “demitir grandes estrelas em um corte que resultará na dispensa de centenas de funcionários, à medida que as audiências continuam a cair.”
Embora o relatório não mencione quem será demitido, estrelas da CNN como Anderson Cooper, Jake Tapper, Kaitlan Collins e Erin Burnett poderiam estar na lista, de acordo com a publicação.
“Nos próximos meses, fui informado de que a CNN implementará outra rodada de demissões que impactará centenas de funcionários em toda a organização”, escreveu o repórter Dylan Byers — que já trabalhou para a CNN.
“Tarefas redundantes serão eliminadas, e várias divisões serão reduzidas ou até mesmo eliminadas”, acrescentou, observando que trabalhadores da frente das câmeras serão “solicitados a assumir mais responsabilidades, antes atribuídas a equipes de produtores e assistentes de produção.”
Após a vitória esmagadora do presidente eleito Donald Trump, redes como MSNBC e CNN viram suas audiências despencarem, conforme relatado anteriormente.
De acordo com dados da Nielsen, a audiência da MSNBC na quinta-feira, analisando a vitória de Trump, atraiu um total de 596.000 telespectadores — e no cobiçado grupo demográfico de 25-54 anos, um total de 71.000 espectadores, informou o Mediaite.
Na CNN, a cobertura da vitória de Trump ao longo do dia na quinta-feira atraiu 419.000 espectadores no total, e no grupo demográfico-chave, apenas 91.000 espectadores.