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A resposta de Lira ao deputado ‘brigão’ do Psol

Foto - Ton Molina

Glauber Braga (Psol-RJ) chamou o presidente da Câmara de ‘bandido’

Depois de ter sido chamado de “bandido” pelo deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que tais atitudes são “incompatíveis com a compostura e com o decoro que se esperam de um integrante” da Casa. [Leia ao final da reportagem a íntegra da nota].

Alvo de uma ação que pode cassar seu mandato, o psolista acusou, nesta quarta-feira, 28, Lira de articular a perda de seu mandato. As ofensas foram proferidas durante sessão no Conselho de Ética da Câmara, em que o relator do processo contra Glauber, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), votou pela continuidade da ação. A votação foi adiada em virtude de pedido de vista.

“Merecem pronta repulsa episódios como o ocorrido hoje, por parte de parlamentar que já responde a outro processo perante o Conselho de Ética, por ter agredido uma pessoa presente no interior da própria Câmara dos Deputados, casa dos representantes do povo”, disse Lira em nota.

O episódio que motivou a ação do Novo contra o psolista ocorreu em 16 de abril deste ano, quando Glauber agrediu Gabriel Costenaro, que é integrante do Movimento Brasil Livre (MBL). O psolista agrediu Costenaro com chutes. Depois, ele tentou agredir o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP).

As ofensas de Glauber a Lira

Durante a sessão no conselho, Glauber disse que Magalhães teria articulado o parecer com Lira e chamou o deputado baiano de “mentiroso”.

“Este relatório devia ser assinado por Arthur Lira”, acusou Glauber. “Lamento, Paulo, que você se preste a este papel, a esta articulação combinada entre vocês. Há muito tempo Lira trabalha para me tirar da Câmara. Você chegou a me dizer em um corredor que acreditava em mim, Paulo. Mas, você é um mentiroso. Se me cassarem, eu seguirei aqui como militante e você, Paulo, terá esta marca. Aquele sujeito do MBL era um bandido, eu não vou me intimidar.” 

Glauber continuou e disse que o presidente da Câmara “é um bandido e foi o responsável por uma articulação contra” ele. “Arthur Lira é um bandido e, se a consequência de dizer isto for a perda do meu mandato, eu encaro os fatos”, declarou o psolista. “Este bandido sequestra o Orçamento nacional. Não me arrependo de nada do que fiz, apenas honrei a minha mãe, ainda viva.”

As declarações renderam um bate-boca, até mesmo, com o presidente do Conselho de Ética, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), que ameaçou aplicar a punição de censura verbal pelas acusações contra Lira.

“O senhor não vai se referir assim ao presidente da Câmara e dizer que há uma armação neste colegiado, isto é um absurdo, respeite a todos”, falou Leur. “Se você falar em armação aqui, eu corto o seu microfone.”

Depois, o relator negou ter mentido sobre o parecer ou qualquer envolvimento de Lira no caso. “Glauber, o seu posicionamento te incrimina”, disse Magalhães. “Não tenho proximidade com Arthur Lira, apenas bom convívio. Vossa excelência já se anuncia como cassado, com tanta agressividade. És inconsequente e irresponsável. Respeite o presidente da Casa e esta instituição. Não quero lhe cassar, mas você merece.”

Leia a íntegra da nota de Arthur Lira:

“Xingamentos, ofensas pessoais e agressões são comportamentos incompatíveis com a compostura e com o decoro que se esperam de um integrante da Câmara dos Deputados.

Merecem pronta repulsa episódios como o ocorrido hoje, por parte de parlamentar que já responde a outro processo perante o Conselho de Ética, por ter agredido uma pessoa presente no interior da própria Câmara dos Deputados, casa dos representantes do povo.

Sigo comprometido com o bom debate parlamentar e com a respeitosa troca de ideias, certo de que a sociedade brasileira, que tem fome de progresso e que não concorda com o ódio, espera muito mais de nós”

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Uma resposta

  1. O motivo nesse caso faz diferença, Arthur Lira vai “reforçar” a cassação dele por ofenças pessoais, ou ele realmente será cassado por agredir o visitante na camara? Pessoas com essa desemquilibradas, igual ao Janones e ao Randolph não deveriam ocupar cargos publicos, mas esse preço eu pago pela democracia, pois eles estão lá por conta do voto popular. o Ideal tambem é que após o parlamentar fosse cassado respondesse o processo por agressão.

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