‘Acesso ao Pentágono é um privilégio, não um direito’: Hegseth impõe novas regras enquanto grandes veículos se recusam a assinar acordo

Jornalistas de diversos meios de comunicação enfrentaram nesta terça-feira o prazo final para assinar o novo acordo de acesso ao Pentágono, estabelecido pelo Departamento de Guerra ou entregar suas credenciais. Grandes veículos como The New York Times, The Washington Post, CNN, The Atlantic, Reuters e Newsmax, anunciaram que não aceitarão as novas regras, alegando violação à liberdade de imprensa.

A nova política, aprovada no mês passado, exige que repórteres assinem um termo reconhecendo limitações sobre coleta e publicação de informações para manter o credenciamento. O secretário de Guerra, Pete Hegseth, defendeu as medidas afirmando: “A imprensa não comanda o Pentágono — o povo sim. Usem o crachá, sigam as regras ou vão embora.” O documento determina que jornalistas só circulem em áreas designadas e prevê a revogação de credenciais em caso de descumprimento.

Em comunicado, o Pentágono afirmou que as novas normas não impõem censura e que os jornalistas continuam protegidos pela Primeira Emenda. Ainda assim, os principais veículos argumentam que as restrições prejudicam o trabalho de apuração sobre as forças armadas, financiadas com recursos públicos. “As medidas minam a liberdade de imprensa e colocam barreiras desnecessárias à transparência”, declarou o editor do Washington Post, Matt Murray. O New York Times reforçou que a nova política “ameaça punir atividades jornalísticas legítimas”.

Hegseth reagiu ironicamente às críticas em postagens na rede X, afirmando que “o acesso ao Pentágono é um privilégio, não um direito”, e que as novas regras apenas equiparam o edifício às normas de segurança de outras instalações militares. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, respondeu acusando o secretário de tentar restringir a liberdade de expressão, enquanto comentaristas conservadores defenderam a medida como necessária para proteger informações sensíveis.

A Associação da Imprensa do Pentágono classificou a política como uma “mordaça institucional” e alertou que a possível expulsão de jornalistas representa “um grave risco à transparência pública”. Entre os veículos que se recusaram a assinar estão The Wall Street Journal, The Guardian, AP, NPR e Axios. O único a aceitar os novos termos foi a One America News Network (OAN).

Crédito Breitbart

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