Força respondeu a um pedido de Oeste, via Lei de Acesso à Informação, sobre avião da Rússia no Brasil.
Nesta sexta-feira, 5, a Aeronáutica deu alguns detalhes sobre o avião cargueiro da Rússia modelo Ilyushin IL-76, que pousou no Brasil no mês passado.
A aeronave ficou três dias no Aeroporto Internacional de Brasília e chamou a atenção por, entre outros fatos, pertencer à empresa Aviacon Zitotrans, incluída em 2023 na lista de sanções dos Estados Unidos, por transportar cargas suspeitas para a Venezuela — depois de deixar o Brasil, o Ilyushin IL-76 dirigiu-se para aquele país.
Em resposta a um pedido feito por Oeste, via Lei de Acesso à Informação, a Aeronáutica afirmou que o governo Lula autorizou o pouso, em virtude de uma “missão diplomática”. Sem revelar os nomes, a Força se restringiu a comunicar à reportagem que o veículo transportava 12 tripulantes e quatro passageiros.
Quanto ao período de permanência, a Aeronáutica disse que foi “a pedido da Embaixada da Rússia”. A Força se recusou a descrever qual era a carga do avião, habitualmente usado para levar material de guerra, como peças de foguete e drones.
O avião da Rússia que pousou no Brasil
O Ilyushin IL-76 saiu de Moscou em 7 de agosto e fez uma primeira parada em Baku, capital do Azerbaijão. No dia seguinte, dirigiu-se a Argel, capital da Argélia.
Já em 9 de agosto, o destino foi a Guiné. Partindo de Conacri, já na madrugada do dia 10 de agosto, a aeronave aterrissou em Brasília às 8h12.
Depois de sair do Brasil, pousou em Caracas, na Venezuela. Cuba também entrou no destino do avião.
Parlamentares cobram explicações
Em meio às especulações no entorno do avião, os senadores Marcio Bittar (União Brasil-AC) e Eduardo Girão (Novo-CE) solicitaram, oficialmente, ao Ministério da Defesa mais informações a respeito da aeronave.