A candidata do partido Alternativa para Alemanha (AfD), Alice Weidel, ofereceu-se para formar um governo de coalizão com os conservadores da União Democrata Cristã (CDU). “Estamos abertos a negociações de coalizão com a CDU. Caso contrário, não haverá mudança política na Alemanha”, afirmou Weidel após serem conhecidos os resultados das pesquisas de boca de urna. Weidel destacou o “sucesso histórico” que representam os resultados desta eleição, que posicionam o AfD como segunda força política com aproximadamente 19,5% de apoio, sendo este o melhor resultado de sua história. A proposta mais votada foi a da coalizão CDU-União Social Cristã (CSU), com 29% dos votos, enquanto o Partido Social Democrata (SPD) do chanceler que deixa o cargo, Olaf Scholz, obteve o pior resultado de sua história.
Direita nacionalista alemã (AfD) alcança resultado histórico nas eleições, segundo projeções de votos
As projeções sobre votos reais publicadas após as eleições legislativas realizadas neste domingo na Alemanha confirmam que o partido Alternativa para Alemanha (AfD) alcançou 19,9% dos votos, sendo seu melhor resultado histórico, embora os partidos tradicionais, liderados pela União Democrata Cristã (CDU), tenham apoio suficiente para formar um governo de coalizão. Especificamente, a CDU dirigida por Friedrich Merz conquistou 28,9% dos votos, somando-se à União Social Cristã (CSU) bávara. Em segunda posição está o AfD, seguido pelo Partido Social Democrata (SPD) do chanceler que deixa o cargo, Olaf Scholz, que obteve 16,2% de apoio após uma queda de 9 pontos em relação às eleições de 2021. Em seguida ficaram Os Verdes (13%), que pagam por sua participação no governo de coalizão com uma queda de mais de 2 pontos. A Esquerda obteve um bom resultado (8,5%), enquanto o Partido Liberal Democrata (FDP) despencou para 4,9%, e a Aliança Sahra Wagenknecht (4,8%) ficou logo abaixo do mínimo estabelecido pela legislação eleitoral alemã para conseguir representação por lista. Com estes dados, CDU/CSU seria a formação com maior representação no Parlamento alemão com 210 assentos, seguida do AfD (145), SPD (118), Os Verdes (94), A Esquerda (62) e a Associação de Votantes do Schleswig Meridional com um assento. O novo Bundestag terá 630 assentos. A taxa de participação é definitiva, situando-se em um histórico 84%, segundo dados oficiais das autoridades eleitorais.