O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, emitiu um parecer favorável à soltura do coronel Jorge Eduardo Naime, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), réu por envolvimento nos atos de 8 de janeiro.
Para Gonet, o fato de Naime ter sido transferido para a reserva remunerada justifica sua liberdade, uma vez que esse mesmo benefício foi concedido a outros réus da PM presos anteriormente.
A manifestação foi encaminhada ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator das investigações. A tendência é que ele siga a opinião do procurador-geral.
O entendimento do ministro é que militares da ativa, se soltos, colocariam as apurações do caso em risco, o que não se aplicaria aos da reserva, que perdem “a capacidade de organização e arregimentação de tropas em benefício próprio”.
Quando Naime estava na ativa, Moraes chegou a afirmar que ele poderia “encobrir ilícitos, alterar a verdade dos fatos, coagir testemunhas, ocultar dados e destruir provas” caso fosse solto.