Novo presidente do Senado declara que não deixará pauta ideológica “contaminar” o debate no Congresso
O novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), 47 anos, disse neste sábado (1º.fev.2025) que a anistia aos condenados pelos atos do 8 de Janeiro é um tema que “não vai pacificar o Brasil”. O congressista declarou que não deixará pauta político-eleitoral e ideológica “contaminar o debate do Parlamento brasileiro”.
“Se nós continuarmos trazendo à tona assuntos que trazem a discórdia em vez da concórdia, nós vamos passar nos corredores do Senado Federal e ver senadores de diferentes partidos agredindo uns aos outros. […] Nós não precisamos debater os extremos”, declarou em entrevista à GloboNews.
Ao ser eleito, Alcolumbre conversou por telefone com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e negou que tenha tratado de anistia. Também descartou que o ex-chefe do Executivo tenha colocado a medida como condição para o Partido Liberal apoiar sua eleição na Casa Alta.
“Na nossa conversa, nós tratamos de liberdade. De liberdade partidária. De pacificação do Brasil a partir do Senado. E ele compreendeu isso. Nunca houve uma imposição de uma agenda. Nem do presidente Lula, nem do PT, nem do presidente Bolsonaro, nem do PL”, declarou o presidente da Casa Alta.
O senador também disse ser um político de centro: “Eu quero ser uma voz que possa propor o consenso”.
FORTALECIMENTO DO LEGISLATIVO
Davi Alcolumbre também disse que vai “fortalecer o poder Legislativo” e que não vai “abrir mão” das competências de seu mandato. “Eu vou respeitar todas as outras, desde que as outras [prerrogativas dos outros Poderes] não estejam interferindo nas minhas. “Fico com as minhas prerrogativas e os outros Poderes ficam com as suas prerrogativas”, afirmou.
O senador também falou o que pretende fazer para assegurar uma estabilidade na relação entre Legislativo, Executivo e Judiciário: “Quando um poder acha que é maior que outro poder, a gente cria crise institucional. Quero ser um elo de ligação [sic] para que a gente não venha promover mais crise. Nós já estamos com muito problema”.