Após romper relações, Venezuela vai fechar consulados do Chile em Caracas e Puerto Ordaz

Foto – Fausto Torrealba

O Ministério das Relações Exteriores do Chile informou nesta sexta-feira (31) que o regime da Venezuela solicitou o fechamento dos dois consulados chilenos, em Caracas e Puerto Ordaz, “como consequência da suspensão das relações diplomáticas entre ambos os países”.

“O governo do Chile lamenta esta situação, que afeta milhares de compatriotas na Venezuela e cidadãos venezuelanos que necessitam de assistência consular, e informa que está avaliando as diversas alternativas disponíveis para garantir o apoio necessário aos compatriotas residentes naquele país”, indicou em um comunicado a Chancelaria chilena.

A embaixada do Chile na Venezuela está fechada desde agosto, quando o ditador chavista Nicolás Maduro ordenou a saída da diplomacia chilena após o presidente Gabriel Boric chamar as eleições de 28 de julho de fraudulentas, que Maduro diz ter vencido, mesmo sem ter apresentado as atas.

O governo chileno estava relutante em declarar o rompimento de relações com a Venezuela, mas o ministro das Relações Exteriores do regime venezuelano, Yván Gil, disse que elas estão rompidas desde agosto.

A relação entre Chile e Venezuela já estava tensa antes das eleições do ano passado devido à gangue criminosa venezuelana Tren de Aragua e ao assassinato em Santiago, há um ano, do ex-oficial militar venezuelano Ronald Ojeda.

O procurador nacional do Chile, Ángel Valencia, confirmou neste mês que três das testemunhas da investigação do assassinato de Ojeda apontam as autoridades da ditadura de Caracas como responsáveis ​​e que ao menos uma delas diz que “a ordem e o pagamento teriam partido do senhor Diosdado Cabello”, atual ministro do Interior, Justiça e Paz venezuelano.

A tese da promotoria chilena, que desde o início da investigação se baseou em um “motivo político”, também é apoiada pelo governo de Boric.

Dissidente do chavismo e requerente de asilo político no Chile, Ojeda foi sequestrado em 21 de fevereiro de 2024 em sua casa em Santiago e seus restos mortais foram encontrados dez dias depois em uma cidade nos arredores da capital, enterrados sob um bloco de cimento. 

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