Presidente da Venezuela votou por volta das 6h20 no horário local; pediu que a comunidade internacional “respeite” o processo eleitoral
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda), votou, em Caracas, por volta das 6h20 locais (7h20 em Brasília) deste domingo (28.jul.2024). Depois, falou com jornalistas presentes no local e declarou que fará “com que se respeite o resultado eleitoral”. As eleições venezuelanas são realizadas neste domingo (28.jul.2024) e podem encerrar o ciclo chavista no país atualmente representado por Maduro.
O pleito, que recebe críticas a respeito de sua legitimidade, teria a participação de observadores internacionais, para assegurar a lisura do processo. Porém, o governo de Maduro impediu a participação de vários nomes. “Eu reconheço e vou reconhecer o resultado eleitoral, a contagem dos votos, e vou garantir que eles sejam respeitados”, disse Maduro depois de votar.
Apesar de declarar que irá respeitar o resultado mesmo em caso de derrota de sua candidatura, Maduro disse: “Somos a garantia de paz. A única [opção] que tem esse país para seguir construindo e poder e ver o surgimento no horizonte de uma Venezuela mais democrática”. Em 17 de julho, ele disse que o país pode acabar em “banho de sangue” e “guerra civil” caso ele perca as eleições.
O cenário da eleição presidencial da Venezuela pode ser considerado incerto ao analisar as pesquisas de intenção de voto divulgadas ao longo da corrida eleitoral. Enquanto alguns levantamentos apresentam Maduro como possível vencedor, outras mostram seu adversário, Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita), à frente.
A questão é que as pesquisas realizadas no país não têm alta credibilidade. Apesar de haver levantamentos realizados por empresas consolidadas, muitos são feitos por empresas pouco conhecidas que não divulgam as pesquisas completas ou detalham as metodologias. Outras pesquisas são encomendadas por veículos de comunicação e partidos políticos, o que também pode provocar dúvidas a respeito da confiabilidade.
Maduro voltou a dizer que o sistema eleitoral do país é seguro. “Vamos votar e participar de um processo eleitoral que seja confiável, transparente e seguro, protegido pela força nacional. Vamos respeitar o resultado eleitoral e esperar que nada manche esse dia de paz, de festa eleitoral e de participação popular”, declarou.
Ele pediu que a comunidade internacional “respeite” o processo eleitoral da Venezuela, uma vez que o país “não se mete” nas eleições de outras nações.