Por Claudio Dantas
Neste artigo, você conhecerá um pouco mais sobre a estratégia globalista de guerra cognitiva e o ataque ao cristianismo, como vemos na manipulação do debate sobre o PL 1904/24, que criminaliza o aborto a partir de 22 semanas de gestação.
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O NetLab recebeu ao menos R$ 7,5 milhões do governo e de ONGs nacionais e internacionais para produzir papers, com verniz acadêmico, na tentativa de criminalizar a atuação digital de políticos e influenciadores de direita.
Dentre os financiadores do grupo de pesquisas da UFRJ estão a Open Society Foudations (OSF), a Ford Foundation e o Instituto Galo da Manhã.
Essas mesmas entidades também integram o conjunto de patrocinadores do Instituto de Estudos da Religião (Iser), que nos últimos cinco anos embolsou cerca de R$ 20 milhões em doações dessas e de outras entidades e via projetos firmados com o poder público.
As receitas do Iser se multiplicaram no período, saltando de R$ 2,1 milhões em 2019 para R$ 5,3 milhões em 2023.
No ano passado, segundo balanço da entidade, OSF e Ford repassaram quase R$ 3 milhões, figurando como as maiores doadoras. A Galo da Manhã doou R$ 110 mil. Outras somas importantes também escoaram via Fundo Brasil de Direitos Humanos (R$ 300 mil), que também atua como intermediária de doações da Ford, da OSF e da OAK, outra importante patrocinadora do NetLab.
O ecossistema de financiamento cruzado inclui ainda a Luminate (R$ 200 mil diretos), organização fundada pelo bilionário Pierre Omidyar, cofundador do eBay e mais novo mecenas do eixo de ONGs e mídias anti-conservadoras.
É dele a First Look Media, grupo por trás do site Intercept.
Criado ainda na década de 1970, o Iser diz atuar na “produção de conhecimento qualificado, na incidência no debate público e na articulação social com ênfase na religião, sempre a favor de uma sociedade justa, inclusiva e sustentável”. Mais recentemente, porém, essas premissas deram lugar ao identitarismo woke, bem ao gosto da turma de Soros. Deter o avanço da direita nos espaços públicos, com ênfase nos processos legislativo e eleitoral, parece ser o objetivo maior. Sob o argumento de promover um estado laico, o Iser faz coro às pautas de desarmamento, desencarceramento, abortistas e de legalização das drogas. Para seus integrantes, a presença de religiosos na política é um pecado.
GUERRA COGNITIVA
Em meio ao debate sobre a criminalização do aborto a partir de 22 semanas de gestação, o instituto publicou uma série de artigos que reproduzem a tese de que a proteção da vida no ventre materno não passa de “um projeto político de controle das vidas das mulheres, constituído pela interseção entre capitalismo, racismo e patriarcado”, como escreve Nathalia Diorgenes Ferreira Lima, no texto intitulado “Neoconservadorismo e criminalização do aborto: impasses para o exercício dos direitos reprodutivos de mulheres negras no Brasil”. Se as mulheres impedidas de abortar forem negras, tem-se o “controle racista sobre seus corpos”, diz. Esse cenário, segundo a pesquisadora, é agravado por um “projeto político neoconservador que fragmenta as demandas das mulheres e moraliza a resposta do Estado a essas questões”. “É preciso cada vez mais apostar na unidade feminista em torno dessa pauta e disputar a mentalidade social para que meninas e mulheres possam ter garantido o direito à sua capacidade reprodutiva”, conclui Nathalia.
Disputar a mentalidade social é um eufemismo para o controle da narrativa, que busca incessantemente impor a visão de uma minoria — bem remunerada e engajada artificialmente – sobre a maioria orgânica da sociedade.
Nessa guerra cognitiva, fica cada vez mais evidente que não importa a verdade, apenas a versão que melhor convém ao grupo. Rosângela Talib, em outro artigo do Iser sobre aborto, diz, por exemplo, que “a concepção católica sobre a sacralidade da vida humana permeia o imaginário de parte da população brasileira e interfere no pleno exercício da cidadania das mulheres”. Ora bolas! A sacralidade da vida humana está na base da sociedade moderna e do pacto social, que se desfaz quando retirada, substituindo a justiça pela lei da selva, a barbárie. Não surpreende que tenhamos tanta gente associada a esse ecossistema defendendo, por exemplo, o terrorismo do Hamas.
Na mesma linha segue Tatiana Hipólito Correia, ao escrever para o Iser sobre “os valores civilizatórios do Candomblé e a justiça social reprodutiva”. Ela afirma que “a interrupção de uma gestação é um evento comum na vida reprodutiva de pessoas que gestam, sejam essas pessoas cisgênero, pessoas transgênero masculinas ou não binárias e pessoas intersexo”, embora as religiões de matriz africana afirmem que impedir o nascimento é obstruir um caminho, condenando o aborto. LOBBY IDENTITÁRIODesafiar a lógica, os fatos e a história é quase um método científico nas hostes globalistas. Talvez, por isso, seja necessário tanto dinheiro para convencer alguém a defender tantos absurdos. Fato é que, no caso do Iser, o investimento valeu a pena, dada a influência do instituto na política. Além de ganhar o selo de Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), o Iser colabora de forma recorrente na construção de políticas públicas e marcou presença no gabinete de transição, após a eleição de Lula em 2022.
Partiu do Iser a denúncia de aparelhamento do Disque 100 (canal de denúncias sobre violações de direitos humanos) por parte da gestão de Damares Alves no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Mesmo sem dados estatísticos confiáveis, nenhuma série histórica e comparando alhos com bugalhos, emplacou-se a versão de que o aumento de denúncias de intolerância religiosa contra cristãos seria resultado do tal aparelhamento e não consequência da polarização política e do próprio discurso de ódio contra conservadores por parte de lideranças partidárias, jornalistas, influenciadores e organizações de viés globalista, como o Iser.
Mesmo rebatida com dados, a tese do aparelhamento acabou incorporada numa ação protocolada no Supremo. Em artigo publicado no site Nexo Jornal, o Iser justificou que tudo seria consequência da “ascensão de fundamentalistas religiosos à política institucional” e parte de uma “estratégia do governo Jair Bolsonaro” para criar a falsa sensação de intolerância contra os cristãos. Segundo o instituto, estaríamos diante de uma tentativa de “minoritização por parte dos evangélicos”, ou seja, de se criar a percepção de minoria. “A demanda por mais participação desses grupos no debate público e na política institucional materializa a ideia de ‘batalha espiritual’ e tenta validar a ideia de ‘cristofobia’ no Brasil”, diz o artigo. Em suma, na disputa por espaço de poder e recursos financeiros vale tudo, inclusive acomodar estatísticas a teses pré-concebidas.
Nota-se que a efetividade da atuação do Iser compreende não só o potente financiamento de seus patrocinadores, mas a estratégia de ação em rede que garante um efeito multiplicador. Entre seus parceiros e aliados na mídia, estão o já citado Nexo Jornal e também o grupo Gênero e Número, com o qual criou o site Religião e Poder, onde abundam artigos críticos à direita. Outro veículo simpático é a Agência Pública, autodenominada a primeira agência de notícias sem fins lucrativos e fundada por mulheres. A Pública também é destinatária de recursos da Open Society, embora garanta que o patrocínio não interfere em sua linha editorial. Também integra esse ecossistema de mídia o Intercept, site que no Brasil se notabilizou por divulgar, de forma controlada, mensagens trocadas por integrantes da Lava Jato. Embora o hackeamento tenha atingido ministros do Supremo, nenhuma linha sobre eventuais mensagens trocadas entre eles foi publicada.
Como dito antes, o Intercept foi criado pelo grupo de mídia do magnata Omidyar. Sua versão brasileira teve entre os fundadores uma ex-bolsista da Open Society que também integra o conselho deliberativo do Iser. Assim como uma das diretoras do Iser também é colunista da Piauí, revista de João Moreira Salles, fundador do Instituto Serrapilheira, que patrocina o NetLab e tantas outras iniciativas do mesmo ecossistema de esquerda. Exemplos como esses se repetem aos montes e não caberiam nesta reportagem, mas servem para demonstrar o grau de organização e capilaridade dessa esquerda globalista na mídia, na academia, na política e, claro, na economia. E olha que nem falei das agências de checagem de notícias! Fato é que não há, nem de longe, algo comparável a isso na direita. Disputar o controle da narrativa, nessas condições, é lutar contra moinhos de vento. Basta ver a tempestade que está varrendo o debate sobre o PL 1904, que busca criminalizar o aborto a partir de 22 semanas de gestão.
Uma resposta
Funding NGOs to spread ideas may be unsatisfactory, but the real problem and big issue are those people which lie to achieve their goals.