Por Rafael Nieto
O mundo obscuro está tentando buscar uma explicação para o fato de que, mais uma vez, por mais um ano, as ruas e praças da Espanha foram preenchidas por pessoas de todas as idades e classes sociais, acompanhando os passos e procissões da Semana Santa. Porque o mundo obscuro não entende que, aparentemente, quanto maior é a devastação produzida pelos inimigos da civilização, com mais facilidade brotam novos motivos de esperança de que essa civilização continue viva. É paradoxo ou contradição?
Ambas as realidades são verdadeiras. A destruição foi e continua sendo monumental. Algo nos diz que muitas das coisas que perdemos jamais voltarão. O decoro, a elegância, a educação refinada, a paciência, a honra… Provavelmente já sejam espécies do passado. As telas (onde vocês estão lendo este aritgo) nos transportaram para um mundo diferente onde a pressa e o lazer fácil aniquilaram em boa medida tudo aquilo.
Mas Deus sempre tem um domingo de ressurreição para cada sexta-feira santa pela qual a humanidade atravessa. E da mesma forma que junto à invasão desmedida de imigrantes muçulmanos na Europa chegaram governos patriotas e de claras raízes cristãs, temos na Espanha grandes motivos para a esperança. E curiosamente, alguns deles têm como veículo condutor essas telas às quais antes me referia.
A democracia representativa, que continua tão doente como quase sempre, conta agora com outra “democracia” alternativa, difícil de controlar, espontânea, provavelmente mais juvenil que sênior. É a democracia antiwoke que se expressa nos novos meios e nas redes sociais; sim, esse terreno que inicialmente parecia desenhado justamente para acabar com todo rastro de liberdade. É aí onde está se cozinhando agora o caldo da opinião pública.
E certamente o mundo obscuro continua atuando contra o bem, a beleza e a justiça. Não tenhamos a menor dúvida de que cada vez será pior a forma totalitária, asfixiante e criminosa com que tentará nos converter em escravos de suas demências e aberrações. Mas a diferença é que agora tem pela frente uma força contestatária de maior vigor, um movimento espontâneo que se recusa a morrer e ser escravo; tem pela frente o orgulho de continuar pertencendo a uma civilização que é superior, que sempre foi.
Há uma juventude vigorosa e um movimento boomer inquieto e combativo que se levantaram ao mesmo tempo contra a sinistra ditadura woke. E que reivindicam nossa identidade comum, mesmo com nossas diferenças. Que já levantam a Cruz sem medo algum, porque reconhecem nela o símbolo de paz e de união que sempre teve. Que falam da família sem medo de que os chamem de antiquados, porque é nela onde residem quase todas as certezas do homem.
Deus sempre tem um domingo de ressurreição para cada sexta-feira santa. E sem cair em otimismos pueris, sim devemos prestar atenção neste despertar coletivo que alguns não acreditávamos que poderíamos ver novamente. Este despertar da dignidade e da liberdade frente a esse mundo obscuro que vai ficando pequeno, quebrado, ferido de morte porque lhe faltam a razão e a Verdade.
Feliz Domingo de Ressurreição a todos!
FELIZ PÁSCOA!
Credito La Gaceta
