Decisão foi tomada em reunião dos deputados do partido mesmo depois de pedetista ter sido nomeado para o cargo; senadores não participaram
A bancada do PDT na Câmara dos Deputados decidiu romper com o governo em reunião nesta 3ª feira (6.mai.2025), depois da saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência, por causa das investigações de fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (MG), já havia dito ao Poder360, quando o ex-ministro ainda estava no cargo, que “demitir Lupi seria demitir o partido”.alertas grátis do Poder36
O congressista também defendeu que o partido não indicasse substituto para o cargo porque avaliava que o Ministério da Previdência “só traz ônus” e que o partido precisava de outra função, por apoiar “fielmente” o governo.
Lupi acabou pedindo demissão do ministério. O pedetista foi aconselhado por deputados a deixar o cargo, sob a condição de que alinhasse o discurso de que as fraudes começaram no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as apurações ficaram a cargo do governo petista.
Em seu lugar, Wolney Queiroz, ex-líder do PDT na Câmara, foi nomeado, em movimento contrário ao que era defendido por Heringer. O governo também ainda não deu indicações de que dará outra função para o partido na Esplanada dos Ministérios.
O Poder360 apurou que o rompimento é exclusivo da bancada na Câmara e não passou pelos senadores. No Senado, o PDT e o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, formam um bloco.
OMISSÃO
As atas das reuniões do CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) mostram que Lupi foi alertado sobre o aumento de descontos não autorizados em aposentadorias em junho de 2023, mas levou 10 meses para tomar alguma providência.
Segundo os documentos disponíveis no site do conselho, a 1ª vez que o tema surgiu em reunião foi em 12 de junho de 2023, mas o item só foi incluído na pauta da reunião de 24 de abril de 2024.
Lupi era presidente do conselho, que reúne a cúpula do ministério, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e associações de aposentados, sindicatos e entidades patronais.
Crédito Poder360