Pesquisa mostra que 52% dos brasileiros dizem acreditar que a situação financeira deve melhorar em 6 meses; taxa recuou 5 p.p. desde julho
Os brasileiros estão menos otimistas em relação à sua situação financeira pessoal que há 6 meses. Hoje, 52% dos eleitores dizem acreditar que suas finanças vão “melhorar” no próximo semestre. A taxa recuou 5 pontos percentuais desde julho, quando eram 57% –a maior taxa desde a pandemia. Os dados são de pesquisa PoderData realizada de 14 a 16 de dezembro de 2024.
Como mostram as curvas do infográfico mais abaixo, o recuo interrompe uma tendência de alta que vinha sendo registrada pela pesquisa na percepção da população.
No lado oposto, 16% dos brasileiros declaram que sua situação financeira pessoal deve “piorar” nos próximos 6 meses. Eram 12% em julho. Ou seja, houve uma alta dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.
Há ainda 26% que não veem perspectiva de mudança financeira no próximo semestre. Outros 2% não souberam responder.
Os números indicam que, apesar de a maioria da população ser otimista quanto ao seu futuro econômico pessoal, já há uma preocupação em relação ao cenário econômico.
Nos últimos 6 meses, a taxa básica de juros avançou de 10,50% para 12,25%, com expectativa de subir mais. O dólar está acima de R$ 6 desde o final de novembro e sem perspectiva de baixa. A inflação voltou a subir. Todos esses indicadores impactam nos preços, no poder de compra dos consumidores e, consequentemente, no estilo de vida dos brasileiros.
A pesquisa cujos dados são relatados neste post foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 14 a 16 de dezembro de 2024, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 192 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.
LULISTAS X BOLSONARISTAS
A maioria dos eleitores que declaram ter votado no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (53%) e no ex-presidente Jair Bolsonaro (52%) em 2022 diz esperar uma melhora em suas finanças.