Um dos nomes que se diz de direita para a Presidência em 2026, Caiado sustenta que a discussão sobre impeachment de ministros do STF deve ser superada
Um dos nomes da direita para a disputa à Presidência, Ronaldo Caiado (União Brasil) sustentou que o impeachment de ministros do STF, defendido por setores do campo conservador, não atende aos interesses da população e deve ser um debate superado. Em entrevista à coluna, ele disse que não atuará pelo afastamento de Alexandre de Moraes caso assuma o comando do país. Dessa forma, o governador de Goiás diverge da família Bolsonaro, que intensificou as ações contra os desmandos do Supremo com a ida de Eduardo para os Estados Unidos. Disse Caiado:
“Se nós continuarmos alimentando isso no Brasil, a quem interessa? A mídia não fala em outra coisa. Faz dois anos e quatro meses que o atual governo não governa, não trabalha. Só fala de 8 de Janeiro, e agora [a oposição] só fala em caçar ministro. A que ponto nós estamos chegando? Você acha que isso é governar o país? Você acha que isso é meta de campanha?”, criticou Caiado.
A declaração reforça que Caiado e Bolsonaro deverão caminhar separadamente no primeiro turno da eleição. Isso porque o ex-presidente só concederá seu apoio eleitoral no ano que vem a um candidato que defenda o impeachment de ministros do STF.
Ronaldo Caiado também condenou a persistência de agendas oriundas da polarização entre Lula e Jair Bolsonaro. “Não é questão de prejudicar o país, isso é uma questão de matérias que não devem estar na nossa pauta em relação às ações de governo”, avaliou. Para o governador, questões como o 8 de Janeiro são turbinadas por Lula para esconder maus resultados do governo.
“O que esse governo fez em dois anos e três meses que não fosse polarizar esse assunto? Ou seja, o Brasil não aguenta mais isso de ser caudatário de todos os países do Brics, um país que deixa a desejar. Então, o que se tem é essa pauta no Brasil e não se fala de outra coisa. Quer dizer, é importante, é relevante o julgamento de um ex-presidente? Sim. Agora, o 8 de Janeiro de 2023 está até hoje na pauta”, apontou Caiado, que é favorável à anistia.
“Endireitar o Brasil”
Na entrevista, o governador de Goiás disse ainda divergir de Jair Bolsonaro sobre a existência de uma “ditadura do STF” no Brasil.
“Tentar rotular um poder, de maneira alguma, como democrata que sou, rotularei. Existe um descontentamento, por parte do ex-presidente [Bolsonaro], em relação à maneira como está sendo conduzido o processo. Mas, até aí, ser dito ‘ditadura’, não acredito que seja uma ditadura. Acho que deverá ser dada a oportunidade de fazer uma ampla defesa”, afirmou.
Caiado anunciou o lançamento de sua pré-candidatura à Presidência no dia 4 de abril, em Salvador. O slogan será: “Coragem para endireitar o Brasil”.
Uma resposta
Rabo preso, envolvimento em corrupção, desvio de função, alguma coisa neste segmento está curtucando os córneos deste oportunista.