A equipe de campanha de Kamala Harris comprou anúncios no Google que apresentavam manchetes e descrições manipuladas de artigos de notícias, visando melhorar a imagem da vice-presidente. Segundo um relatório do Axios publicado na última terça-feira, a campanha de Harris teria modificado conteúdo de vários veículos de comunicação, como CNN, NPR, Reuters, Associated Press, CBS News, The Guardian e Time Magazine, com o objetivo de promover tanto Kamala Harris quanto seu companheiro de chapa, o governador de Minnesota, Tim Walz.
Esses anúncios, embora não violem as políticas do Google, imitam de forma tão precisa os resultados reais de busca que surpreenderam os veículos de comunicação, escreveu o Axios. Um exemplo fornecido foi um artigo do The Guardian que exibia a manchete: “A vice-presidente Harris luta contra as proibições ao aborto – Harris defende a liberdade reprodutiva”, acompanhado de uma descrição que dizia: “A vice-presidente Harris é uma defensora da liberdade reprodutiva e deterá as proibições ao aborto de Trump”.
Outra notícia do NPR trazia o título: “Harris reduzirá os custos de saúde”, com a descrição: “Kamala Harris reduzirá o custo do atendimento médico acessível e de alta qualidade”. Em um caso semelhante, um artigo da Reuters foi apresentado com o simples título: “A inflação está caindo”, enquanto a descrição acrescentava: “Sob a administração Biden-Harris, ‘os Estados Unidos estão vencendo a luta contra a inflação'”.
Algumas das organizações de notícias afetadas, ao serem contatadas pelo Fox News Digital, confirmaram que não estavam cientes de que a campanha de Harris estava utilizando seus artigos dessa maneira. Um porta-voz do The Guardian declarou ao Axios: “Entendemos por que uma organização poderia querer se associar à marca confiável do The Guardian, mas é essencial que isso seja feito de forma adequada e com nosso consentimento. Entraremos em contato com o Google para obter mais informações sobre essa prática”.