Cerimônia em Itaguaí reúne autoridades e marca novas etapas do programa naval brasileiro
A Marinha apresentou nesta quarta-feira, 26, novas etapas do Prosub no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro. A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, batizou o Submarino Almirante Karam (S43), seguindo a tradição que deseja boa sorte à embarcação e à tripulação que irá ao mar.
O Submarino Tonelero (S42) também ganhou destaque ao ser incorporado à Força de Submarinos depois da conclusão dos testes de mar. A embarcação atua na vigilância de áreas marítimas consideradas estratégicas. Ela possui cerca de 70 metros de comprimento e deslocamento superior a 1,8 mil toneladas.
Escolha de Cármen Lúcia rende críticas
A escolha de Cármen Lúcia como madrinha motivou críticas do deputado estadual Gil Diniz (PL-SP), que relacionou o convite ao contexto da condenação do ex-comandante da Marinha Almir Garnier, por participação na suposta tentativa de golpe. Já o vice-prefeito de Curitiba, Paulo Martins (Novo-PR), disse que a escolha da ministra é “simbólica”. Ele afirma: “O regime está consolidado”.
A 1ª Turma do STF manteve, de forma unânime, as determinações do ministro Alexandre de Moraes para o início do cumprimento das penas impostas aos condenados do chamado núcleo 1, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-integrantes do primeiro escalão de governo.
As decisões confirmaram medidas que atingem membros das Forças Armadas e definiram os efeitos das condenações, como o envio de ofícios ao Superior Tribunal Militar e ao Ministério da Justiça para análise sobre a perda de postos, patentes e cargos. O colegiado também rejeitou recursos apresentados pelos réus e classificou parte das tentativas de revisão como protelatória.
Estratégia naval e impacto industrial
A cerimônia reuniu o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, além de autoridades civis e militares. Ele avaliou que o setor naval segue essencial para reforçar a proteção da chamada Amazônia Azul, como é chamada a zona marítima sob jurisdição brasileira.
Enquanto o S42 inicia sua fase operacional, o S43, batizado pela ministra, segue para testes que envolvem propulsão, sensores, sistemas de combate e lançamento de armamentos. Os dois integram a Classe Riachuelo, núcleo do programa que prevê o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear Álvaro Alberto.





