Cármen nega erros do TSE e ignora indicativos de fraude nas eleições municipais

Foto – Marcelo Camargo

A ministra minimizou as transferências de domicílio eleitoral em massa investigadas pela PF

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, se manifestou sobre as suspeitas de fraude generalizada nas eleições deste ano em pequenos e médios municípios do Brasil.

Em declaração nesta segunda-feira, 9, ela confundiu dados e demonstrou desconhecimento sobre outras informações ao afirmar não ter encontrado evidências de problemas no pleito nem falhas por parte da Corte.

Como exemplo de discrepância no número de eleitores em relação à população, Cármen mencionou o caso de pessoas que se mudam por motivos de trabalho, mas mantêm seu domicílio eleitoral na cidade de origem. No entanto, essa situação não se aplica aos casos de fraude investigados, que envolvem transferências em massa de títulos eleitorais. 

Em mais de 700 cidades, por exemplo, o eleitorado cresceu mais de 10% só com essas migrações.

Cármen Lúcia comenta operações da PF

Em entrevista coletiva, a ministra demonstrou desconhecimento sobre diversas operações e investigações da Polícia Federal relacionadas às fraudes. 

Por exemplo, em Elesbão Veloso (PI), a PF deflagrou em agosto a Operação Águas Rasas, para investigar a transferência de 126 títulos eleitorais a partir de comprovantes falsificados, alguns emitidos pela empresa de água e esgoto do Estado. O principal suspeito de produzir os documentos era um servidor público e candidato a vereador.

Em Minas Gerais, a PF iniciou em outubro a Operação Sufrágio, para investigar a suspeita de transferência de cerca de 1 mil títulos de eleitor de Governador Valadares e região para a cidade de Divino das Laranjeiras, com apenas 4 mil habitantes.

Cármen Lúcia, no entanto, minimizou essas investigações: “O que eles [PF] fizeram foi outra coisa”, disse ela. “As operações que eles fizeram foram basicamente para ver se houve algum tipo de ilícito eleitoral, crime eleitoral ou fatos que poderiam ser criminosos relativos ao uso de recursos, direcionamento de eleitores e candidatos e impedimento de acesso aos territórios.”

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