Plataforma foi um dos principais alvos das decisões judiciais do ministro do Supremo Tribunal Federal
O CEO da plataforma Rumble, Chris Pavlovski, comemorou nesta terça-feira, 30, as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Em publicação nas redes sociais, Pavlovski afirmou que “finalmente temos um governo protegendo empresas americanas como o Rumble e a liberdade de expressão”.
“Dois anos atrás, eu nunca imaginei que veríamos um dia como este, mas sou eternamente grato por estarmos aqui”, escreveu o empresário, agradecendo ao secretário do Tesouro, Scott Bessent, e ao presidente Donald Trump pela “liderança nos valores americanos”.
As declarações foram feitas depois de o Departamento do Tesouro dos EUA anunciar sanções contra Moraes, acusando o ministro de autorizar detenções arbitrárias, promover censura e violar direitos humanos. Segundo o comunicado, Moraes “tem sido responsável por uma campanha opressiva de censura”, afetando inclusive cidadãos e empresas norte-americanas.
O Rumble foi alvo de decisões judiciais brasileiras nos últimos anos, em meio ao avanço de ações do STF contra o que a Corte classifica “disseminação de desinformação e ataques à democracia nas redes sociais”. A plataforma abriga influenciadores alinhados à direita.
Pavlovski também declarou que Alexandre de Moraes compromete a reputação internacional do Brasil e disse esperar que o Rumble volte a operar no país em breve.
O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta quarta-feira, 30, a imposição de sanções contra Alexandre de Moraes, ministro do STF. A punição se dá com base na Lei Magnitsky. A informação foi publicada há poucos minutos no site do Tesouro dos EUA.
A possibilidade de aplicação das sanções previstas na Lei Magnitsky vinha sendo ventilada nos últimos meses, em razão das denúncias de excesso do Judiciário brasileiro. Havia expectativa de que mais ministros da Corte fossem punidos, mas, apenas Moraes foi incluído.
Nesta semana, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que articula nos EUA uma pressão contra o STF, disse que havia pedido a interlocutores do governo Trump que começasse as punições da Magnitsky por Moraes.
Outros ministros já foram punidos com cassação do visto para os EUA de Moraes e de seus aliados. Isso inclui, além de Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e outros sete ministros do STF: Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Flávio Dino, Dias Toffoli, Edson Fachin, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.