Antes da troca de corregedor-geral da agência, o setor conseguiu acelerar a investigação sobre suposta interferência no inquérito da PF contra o filho 04 de Bolsonaro
A CGU (Controladoria-Geral da União) deve assumir a apuração interna sobre a suposta interferência da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no caso de Renan Bolsonaro, investigado pela PF (Polícia Federal) em 2021 por tráfico de influência.
O procedimento interno é conduzido pela corregedoria da Abin e está quase concluído. Antes da troca de corregedor-geral da agência, o setor do órgão conseguiu finalizar pontos principais da investigação.
No âmbito da investigação da alegada “Abin paralela”, a PF pediu para compartilhar as provas coletadas com a corregedoria da Abin. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes negou. Horas depois, o magistrado decidiu retirar o sigilo parcial da investigação.
Com a retirada do sigilo, o PAD (Procedimento Administrativo Disciplinar) aberto contra o policial federal Marcelo Bormevet e o militar Giancarlo Gomes Rodrigues, presos na última operação da PF, conseguiu avançar. Segundo a Polícia Federal, eles são suspeitos de produzir provas para beneficiar Renan Bolsonaro no inquérito, sob “ordem de Alexandre Ramagem”, então diretor-geral da Abin, hoje pré-candidato à Prefeitura do Rio.
Segundo a PF, Bormevet espionou Allan Lucena, ex-sócio de Jair Renan em uma empresa de eventos. O Ministério Público Federal acusa o filho 04 do ex-presidente por tráfico de influência e lavagem de dinheiro.