Chavismo faz ato na Venezuela em apoio ao Irã e à Palestina e acusa Netanyahu de ser “representante do nazismo” em discursos contra Israel.
O chavismo mobilizou apoiadores na Venezuela nesta quinta-feira (19) para manifestar nas ruas do país apoio ao regime iraniano e à Palestina. O ato, realizado em Caracas, reuniu líderes da ditadura de Nicolás Maduro e representantes diplomáticos do regime do Irã e da Palestina, e foi marcado por discursos contra Israel e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, acusado pelo presidente da Assembleia Nacional, o chavista Jorge Rodríguez, de ser a “expressão atual do nazismo”.
Segundo reportagem da agência EFE e transmissão do canal estatal Venezolana de Televisión (VTV), Jorge Rodríguez declarou durante a concentração que “Netanyahu é a expressão atual do nazismo; o sionismo é a expressão do nazismo e dos crimes de guerra cometidos por Adolf Hitler”. A fala ocorreu ao lado dos embaixadores do regime do Irã, Ali Chegini, e da Palestina, Fadi Alzaben, além de outras lideranças chavistas como o ministro da “Paz”, Diosdado Cabello.
Cabello, que também é vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), defendeu as ações militares do Irã em resposta aos ataques israelenses, dizendo que o país persa fez “uso legítimo de seu direito à defesa”. Cabello também disse que “hoje a grande maioria dos países do mundo, mesmo que não se pronunciem”, aplaudem o que chamou de “soberana bofetada” que o Irã está dando ao “cão raivoso de Israel, plantado pelo imperialismo para sabotar”.
Por sua vez, o embaixador do Irã, Ali Chegini, disse que seu país vai seguir realizando uma “vingança severa, pelo sangue de nossos mártires que defenderam nosso povo desse regime sionista, imperialista, desse regime genocida”, em referência a Israel.
Em sua participação, o embaixador da Palestina, Fadi Alzaben, agradeceu “o apoio e solidariedade dos venezuelanos e do governo de Nicolás Maduro por rejeitar o genocídio que está sendo cometido por Israel de maneira cotidiana na Palestina”.
Durante o ato, manifestantes chavistas queimaram as bandeiras dos Estados Unidos e de Israel e declararam apoio à Palestina, Irã, Iêmen e Líbano. A manifestação dessa quinta ilustra o alinhamento do regime de Maduro com os interesses do Irã e de grupos hostis a Israel no Oriente Médio, como os terroristas do Hezbollah, que atuam no Líbano, e os Houthis, do Iêmen.
Crédito Gazeta do Povo