Analistas apontam que a China está se consolidando como principal sustentação econômica do regime de Nicolás Maduro, em um movimento que pode agravar o confronto estratégico com os Estados Unidos. Segundo reportagem da Fox News, o governo chinês anunciou um acordo de “tarifa zero” com Caracas durante a Expo de Xangai 2025, eliminando impostos sobre cerca de 400 categorias de produtos e aprofundando a integração comercial entre os dois países.
O pacto ocorre enquanto os EUA reforçam sua presença militar no Caribe, com o porta-aviões USS Gerald R. Ford monitorando rotas de narcotráfico ligadas à cúpula venezuelana. O Pentágono afirmou que a missão busca “desmantelar organizações criminosas transnacionais”.
O especialista Gordon Chang declarou que “a China está prestes a assumir completamente a economia venezuelana”, destacando que o país sul-americano vende praticamente apenas petróleo a Pequim. Já o ex-diplomata venezuelano Isaias Medina afirmou que o acordo faz parte de uma estratégia antiocidental mais ampla, em que China, Rússia, Irã e Cuba usam a Venezuela como base de operações e influência regional.
Medina também denunciou o colapso humanitário e o uso da fome como ferramenta de controle social, com mais de 30% da população deslocada à força. Segundo ele, o regime de Maduro substituiu a diplomacia por um “sistema de corrupção institucionalizada”.
Washington mantém sanções que ainda limitam as exportações de petróleo venezuelano, enquanto Pequim promete seguir cooperando. Para Chang, contudo, “a China não tem poder militar para proteger Caracas se Trump decidir agir”.
