Tenente-coronel voltará à Corte depois de a Polícia Federal identificar irregularidades na delação premiada que firmou com a Justiça
Nesta quinta-feira, 21, às 14 horas, o tenente-coronel Mauro Cid voltará ao Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar um novo depoimento. O ministro Alexandre de Moraes presidirá a audiência.
O retorno de Cid à Corte ocorre em virtude de a Polícia Federal (PF) apontar “violação de cláusulas” da delação que o militar firmou com a PF em setembro do ano passado. A partir de informações dadas por Cid, que envolvem negócios com joias sauditas, “fraudes” em carteirinhas de vacinação e “minuta do golpe”, a PF realizou operações contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, inclusive, prendeu Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais.
De acordo com a PF, há “omissões” na colaboração premiada de Cid. Por ora, contudo, a corporação não pediu para rescindir o acordo. Moraes vai decidir hoje se mantém ou anula a tratativa.
A PF enviou um relatório ao STF, e Moraes determinou à Procuradoria-Geral da República que se manifeste, sobre a validade do acordo, a partir do que a PF descobriu.
Suposta omissão de Mauro Cid
Cid teria escondido da Justiça fatos revelados em uma investigação da PF, que provocou a prisão de militares, nesta semana.
Conforme os trabalhos da polícia, um grupo do Exército planejou a morte de Moraes e do então presidente eleito, Lula, e o vice dele, Geraldo Alckmin, a fim de que ambos não tomassem posse.
Tudo seria parte de um suposto plano de golpe de Estado.