A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil afirmou que a medida adotada pelos estrangeiro se baseou em ‘acusações falsas’
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) anunciou, nesta terça-feira, 26, que vai tomar medidas contra o Grupo Carrefour e outras empresas francesas no âmbito da União Europeia. A ação ocorre depois do anúncio dessas empresas de que deixariam de adquirir carne de países do Mercosul, com alegações consideradas “falsas” pela CNA.
Em um vídeo divulgado na sede da CNA, em Brasília, o presidente da entidade, João Martins, manifestou seu espanto diante das medidas adotadas pelo Carrefour e outras empresas.
Ele afirmou que tais ações visam a prejudicar a imagem da carne brasileira, que goza de reconhecimento mundial e é exportada para mercados exigentes, como Estados Unidos, Europa e China.
“Fomos surpreendidos pela atitude do Carrefour e outras empresas, que tentaram mostrar uma imagem negativa da carne brasileira”, afirmou Martins.
Com o objetivo de proteger os interesses dos produtores rurais brasileiros, a CNA contratou um escritório de advocacia em Bruxelas, na Bélgica, para conduzir as ações necessárias.
Carlos Bastide Horbach, consultor jurídico da CNA, explicou que a entidade já iniciou tratativas com esse escritório. A análise busca entender se as ações do Carrefour, apoiadas pelo governo francês, configuram uma violação das regras de concorrência da União Europeia.
A estratégia da CNA contra o Carrefour
A CNA pretende formalizar uma reclamação nos órgãos competentes da União Europeia. Essa medida visa a resguardar a imagem e a continuidade das exportações brasileiras no mercado europeu. A organização acredita que as atitudes das empresas francesas poderiam configurar-se como uma prática comercial desleal.
O Brasil, que é o maior exportador de carne do mundo, vê essas ações como uma ameaça direta à sua posição no mercado internacional. A CNA reforçou que a carne brasileira cumpre rigorosos padrões de qualidade e segurança alimentar, alinhados com as exigências dos principais parceiros comerciais.