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Com pouca verba, Marinha restringe uso de elevador e ar-condicionado em escola

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Medidas foram estabelecidas para atender metas de redução de despesas depois de cortes do governo Lula

Para reduzir os gastos administrativos e fechar a conta, a Escola de Guerra Naval da Marinha, no Rio de Janeiro, decidiu restringir o uso de elevadores e aparelhos de ar condicionado.

Desde abril, professores e alunos têm sido informados das novas regras. Segundo a publicação, esta é uma tentativa de se encaixar nas novas metas de corte de custos depois de o governo federal congelar parte do orçamento do Ministério da Defesa.

Agora, os elevadores são reservados para pessoas com restrições físicas ou médicas e servidores que transportam carga. Os demais devem usar as escadas para subir e descer os seis andares da sede.

O ar-condicionado só pode ser ligado se a temperatura na cidade for igual ou superior a 27°C. Servidores são orientados a manter portas e janelas abertas para melhorar a circulação de ar.

“O militar escalado de Fiel de Avarias efetuará rondas para verificar o cumprimento dessas medidas e informará as discrepâncias observadas, que serão levadas ao conhecimento do Vice-Diretor”, diz trecho de um dos comunicados internos sobre as medidas de economia de recursos obtidos pela Folha.

Na quarta-feira, 24, a direção da Escola de Guerra Naval anunciou um recesso administrativo de 5 a 16 de agosto, com o objetivo de reduzir gastos.

A escola, um centro de altos estudos da Marinha, é essencial para a formação de oficiais que aspiram ao almirantado.

A redução de verbas também impactou projetos estratégicos, como a demissão de 200 funcionários ligados à construção de submarinos em Itaguaí, no Rio de Janeiro.

Marinha diz que teve orçamento reduzido nos últimos anos

Em nota enviada à Folha, a Marinha informou que sofreu uma redução de 54% no orçamento discricionário nos últimos dez anos. Com menos dinheiro, houve “atraso em projetos, perda de mão de obra especializada, comprometimento do desenvolvimento tecnológico, bem como impactos no Programa Geral da Manutenções”.

Para ajustar as contas deste ano, a Marinha diz ter feito ajustes nos gastos do Programa de Desenvolvimento de Submarinos, no Programa Nuclear da Marinha e no Programa de Obtenção de Navios-Patrulha.

“Administrativamente cabe pontuar o trabalho de implementação de medidas de economia com vistas às despesas de funcionamento e manutenção das Organizações Militares, em especial com a otimização do uso de equipamentos de alta demanda de energia”, afirmou a Marinha.

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