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Como FBI está tratando atentado contra Trump

Foto: EFE/EPA/SHAWN THEW

Investigadores acreditam que atirador agiu sozinho em atentado contra Trump, mas precisam de mais elementos para saber motivação de Crooks

O diretor-assistente da Divisão de Contraterrorismo do FBI em Washington, Bobby Wells, afirmou que, embora o FBI ainda esteja investigando o atentado de sábado contra o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump como tentativa de assassinato, também considera a possibilidade de “potencial terrorismo doméstico”. As informações são do canal de televisão CNN. No entanto, para que seja possível afirmar com certeza se este é ou não um caso de terrorismo, será preciso levantar muito mais informações sobre Thomas Matthew Crooks em comparação com o que já se sabe no momento, acrescentaram as autoridades responsáveis pela investigação.

O FBI acredita que Crooks, 20 anos, agiu sozinho, e os primeiros indícios são de que ele não pertence a uma organização terrorista internacional. “Neste momento, as informações que temos indicam que o atirador agiu sozinho e que atualmente não há preocupações com a segurança pública”, disse Kevin P. Rojek, o agente do FBI que lidera a investigação. Ele acrescentou que até o momento também não identificou “uma ideologia associada ao sujeito”, que usou um fuzil semiautomático comprado por seu pai, embora não esteja claro se ele pegou a arma com permissão ou sem o conhecimento da família.

Rojek disse que a família de Crooks está colaborando com as investigações. Ainda na noite de sábado, o pai de Crooks havia sido contactado pela CNN, mas afirmou que ainda estava tentando “descobrir o que raios aconteceu”, e que não falaria do filho antes de conversar com as autoridades.

Postagens em redes sociais feitas pelo jovem e que foram analisadas pela investigação não revelaram nenhuma ideologia política, nem foi descoberto algum histórico de doença mental. Rojek acrescentou que o FBI não tinha conhecimento de nenhum confronto entre Crooks e a polícia local antes do atentado. Os investigadores enviaram a arma e o telefone celular de Crooks para um laboratório do FBI em Quantico, no estado da Virgínia.

De acordo com informações do canal de televisão CNN, até o momento os investigadores ainda não tiveram acesso detalhado aos conteúdos no telefone do atirador. Segundo o vice-diretor do FBI, Paul Abbate, que também conversou com a imprensa, tudo o que as autoridades têm até o momento é “um conhecimento limitado de comunicações recentes feitas por ele [Crooks], de mensagens de texto e ligações telefônicas”, e que nenhuma das informações coletadas permitia tirar conclusões sobre o motivo do ataque, e indicavam que não haveria outras pessoas envolvidas na tentativa de assassinato, ou mesmo que tivessem conhecimento do que Crooks pretendia fazer.

Fontes policiais locais afirmaram ter encontrado dois dispositivos explosivos no veículo do suspeito e em sua casa em Bethel Park, também na Pensilvânia. Abbate classificou os explosivos como “rudimentares”, afirmando que eles também foram enviados a Quantico depois de terem sido desativados.

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