Foto – AP Photo/Mark Schiefelbein
Marco Rubio conseguiu convencer o Presidente do Panamá, José Raúl Mulino, a não renovar seu acordo com a China referente à Iniciativa Cinturão e Rota (BRI).
Mulino confirmou no domingo, após reunião com Rubio durante sua visita ao Panamá, que o país não renovaria o acordo BRI, segundo a Baha Breaking News.
O Panamá tornou-se o “primeiro país latino-americano a aderir à Iniciativa Cinturão e Rota” em 2018, um ano após “romper relações diplomáticas com Taiwan”, segundo o New York Times.
Em 2017, a China obteve uma grande vitória quando o Panamá cortou laços diplomáticos com Taiwan, a ilha autônoma que a China reivindica como seu território, e reconheceu Pequim. O Panamá havia sido um dos poucos países no mundo a reconhecer Taiwan como estado soberano.
No ano seguinte, o Panamá tornou-se o primeiro país latino-americano a aderir à Iniciativa Cinturão e Rota, programa global de infraestrutura do líder chinês Xi Jinping, que visa ampliar o peso geopolítico da China e contrabalançar a influência americana.
Durante o encontro entre Rubio e Mulino, os dois “discutiram a soberania, segurança e relações econômicas do Panamá” com os Estados Unidos. Enquanto Rubio teria “informado Mulino que o Presidente Donald Trump vê a influência da China sobre o Canal do Panamá como uma potencial violação do Tratado sobre a Neutralidade Permanente e Operação do Canal do Panamá”, Mulino teria “enfatizado que o controle do Panamá sobre o canal era não-negociável”, segundo a Baha Breaking News.
No entanto, Mulino enfatizou que o controle do Panamá sobre o canal era não-negociável e descartou preocupações sobre a influência chinesa. Ele também confirmou uma auditoria em andamento de dois portos operados por chineses, sugerindo que novas decisões poderiam surgir com base em suas descobertas.
Por fim, os dois líderes também concordaram em fortalecer a cooperação em segurança regional, reduzir a migração ilegal através do Gap do Darién e aumentar as oportunidades de investimento para empresas americanas.
A Reuters também informou que Mulino havia confirmado que “um amplo acordo entre Panamá e China para contribuir com o programa da rota da seda da China” não estava sendo renovado.
“Vamos estudar a possibilidade de terminá-lo antecipadamente”, disse Mulino, segundo a agência.
Em um comunicado emitido pela porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, foi revelado que Rubio disse a Mulino que o Presidente Donald Trump havia determinado que a atual “posição de influência e controle” da China sobre o Canal do Panamá era “uma ameaça ao canal.”
Em resposta à notícia de que o Panamá não estava renovando seu acordo com a China sobre a BRI, várias pessoas observaram que Rubio já estava “começando bem” como Secretário de Estado.
“Esta é uma grande vitória para a América”, escreveu Michael Sobolik, pesquisador sênior do Hudson Institute, em uma postagem no X.
“Passo na direção certa”, escreveu o Conselheiro de Segurança Nacional de Trump.
“Tchau tchau, China”, escreveu o Sen. Mike Lee (R-UT) em uma postagem. “Mantenha seu Cinturão e Rota fora das Américas.”
