Companhias aéreas mudam rotas, com medo de conflitos no Oriente Médio

Egito, EUA e Reino Unido orientam empresas a evitarem espaços aéreos em regiões como Líbano e Irã, afetadas pela guerra no Oriente Médio

Autoridades dos governos do Egito, Estados Unidos e Reino Unido emitiram alertas para que companhias aéreas de seus países evitem sobrevoar alguns territórios na região do Oriente Médio.

A orientação é para que as empresas cancelem seus voos ou busquem rotas alternativas, especialmente em relação ao Irã e ao Líbano. 

Às 15h30 desta quinta-feira, 8, o site Flightradar24, especializado em fluxo aéreo, mostrava um número muito pequeno de aeronaves sobrevoando o Oriente Médio.

Os aeroportos de Tel-Aviv (Israel), Beirute (Líbano) e Bagdá (Iraque) praticamente não indicavam movimentação de aeronaves. 

O mapa de fluxo exibia uma área circular sem nenhum voo. O cenário coincidia com as recomendações dos países receosos com a guerra.

Tensão aumenta no Oriente Médio

A tensão aumentou depois do assassinato de líderes dos grupos terroristas Hamas e Hezbollah. Diante do atual contexto, há o temor de que Israel sofra ataques de grupos fundamentalistas.

O governo do Egito foi o primeiro a lançar o alerta de restrição de voos no Oriente Médio. A autoridade egípcia divulgou nota pedindo a companhias que não sobrevoassem os territórios do Irã e do Líbano. Estavam previstos exercícios militares em ambos os países.

Em seguida, foi a vez de o Reino Unido recomendar a exclusão do espaço aéreo do Líbano no plano de suas companhias aéreas. 

EUA cancelam voos

O temor alcançou os Estados Unidos, onde a United Airlines e a Delta Airlines suspenderam diversos voos. 

Principal companhia aérea da Austrália, a Qantas interrompeu seus destinos diretos para Londres. A empresa agora usa rota alternativa para evitar a área de conflito.

Nesta quinta-feira, a Qantas confirmou que, pela segunda vez no ano, interrompeu um de seus planos e voo, em razão de hostilidades entre Irã e Israel.

A onda de redirecionamentos afeta diretamente o fluxo de aeronaves no Aeroporto de Heathrow, em Londres, pois o local funciona como uma espécie hub.

A capital do Reino Unido é uma das principais rotas de circulação de passageiros que passam pela Europa com destino a regiões da Ásia e do Oriente Médio.  

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