Polícia do país vizinho localizou Joelton Gusmão de Oliveira na cidade de La Plata, homem investigado pelos atos do 8 de janeiro
Na quinta-feira 14, a polícia da Argentina deteve Joelton Gusmão de Oliveira, condenado a 17 anos de prisão por causa do 8 de janeiro, em La Plata, a aproximadamente 60 quilômetros ao sul da capital Buenos Aires.
O ato ocorreu quando Oliveira foi à Comissão Nacional para Refugiados a fim de renovar a permanência no país. Ao constatar que havia pedidos de prisão e extradição em nome do homem, as autoridades acionaram os agentes de segurança. Oliveira tem um requerimento de asilo em análise pelo governo argentino.
“Tomei conhecimento da prisão do de Oliveira, mesmo havendo um pedido de asilo pendente”, disse o advogado da defesa. “Esse fato me deixou estarrecido, pois a legislação não ampara esse tipo de medida em um contexto como esse.”
Há alguns meses, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Oliveira a de 17 anos de prisão, por tentativa de golpe de Estado, danos qualificados, deterioração de ativos públicos, associação criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Os envolvidos nos atos do 8 de janeiro
O caso de Oliveira exemplifica os esforços do governo Lula, em parceria com o STF, para responsabilizar os envolvidos nos atos do 8 de janeiro.
Em outubro, o ministro Alexandre de Moraes pediu ao Ministério da Justiça a extradição de refugiados na Argentina.
Conforme a Polícia Federal, há mais de 60 fugitivos no país vizinho. Por isso, a PF ampliou esforços de cooperação internacional, inclusive com a Interpol.
Recentemente, o governo argentino alterou sua legislação sobre refugiados no intuito de impedir que estrangeiros acusados ou condenados recebam esse status.