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Congresso derruba veto e mantém proibição de verba para aborto e mudança de sexo

Foto - Marcos Oliveira

Parlamentares derrubam veto de Lula à emenda que proíbe uso de verba pública para incentivo ao aborto.

Deputados e senadores da oposição conseguiram derrubar nesta terça-feira (28) o veto do presidente Lula ao trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que veda a destinação “direta ou indireta” de verbas da União para promover, incentivar ou financiar diversos temas como aborto e mudança de sexo, por exemplo.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) apresentou a emenda ao projeto orçamentário, que, após ser rejeitada na Comissão Mista de Orçamento da Câmara (CMO), foi aprovada na votação final da LDO, em 19 de dezembro do ano passado.

Ao vetar o trecho da LDO, Lula afirmou que a proposta “contraria o interesse público” e “não é passível de verificação no âmbito das programações orçamentárias de forma detalhada”, pois “há uma impossibilidade técnica de identificar, no conjunto de recursos destinados para as políticas públicas, os recursos que serão ou não direcionados para o atendimento das vedações”. Ele acrescentou que isso poderia gerar uma “insegurança jurídica na execução da peça orçamentária”.

A retomada do trecho foi definida com ampla margem no Congresso Nacional. Foram 309 votos contra o veto e 107 a favor na Câmara e 47 contra e 23 a favor no Senado.

Com a derruba do veto à “emenda patriótica”, o governo fica proibido de destinar recursos para invasão ou ocupação de propriedades rurais privadas; realização de abortos não permitidos em lei; cirurgias para troca de sexo de crianças e adolescentes; ações que possam influenciar “crianças e adolescentes a terem opções sexuais diferentes do sexo biológico”; e ações tendentes a desconstruir, diminuir ou extinguir o conceito de família tradicional, formado por pai, mãe e filhos.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) comemorou a derrubada do veto. Em entrevista à Gazeta do Povo, a ex-ministra dos Direitos Humanos no governo Bolsonaro disse que “a vontade popular prevaleceu”.

“A derrubada desse veto foi a manutenção da vontade da sociedade. A sociedade não quer gastar verba pública fazendo aborto e matando bebêzinhos. A sociedade não quer verba pública para invadir propriedade privada. Verba pública não é para fazer doutrinação ideológica, é para construir escolas, creches, para programa proteção da infância, proteger idosos”, declarou.

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