Conselheiro de Trump diz que não vai parar ‘até que Bolsonaro esteja livre’

O assessor Jason Miller atuou pela aplicação de sanções a Moraes

O empresário Jason Miller, conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo, 10, que não vai “parar, desistir ou ceder” até que o ex-presidente Jair Bolsonaro “esteja livre”.

A declaração foi publicada em seu perfil na rede social X, acompanhada de emojis de punho cerrado e da bandeira do Brasil. “Para deixar claro: não vou parar, não vou desistir, não vou ceder, até que o presidente Jair Bolsonaro esteja livre”, escreveu.

A mensagem foi publicada depois de Miller compartilhar a afirmação de um usuário da rede social que dizia: “É mais importante o impeachment de Moraes do que libertar Bolsonaro”. O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, respondeu à postagem com bandeiras do Brasil e dos EUA.

Embora não ocupe cargo oficial no governo norte-americano, é considerado um dos principais conselheiros de Trump e atua como consultor político e de comunicação. Ele integrou as três campanhas presidenciais do republicano desde 2016, além das equipes de transição em 2016 e 2024.

O empresário mantém relação próxima com a família Bolsonaro, especialmente com Eduardo, que está nos EUA desde o fim de fevereiro para articular com congressistas norte-americanos a adoção de sanções contra Moraes e outros ministros do STF.

No fim de julho, Moraes foi incluído pelo governo Trump na lista de alvos da Lei Magnitsky, legislação norte-americana que prevê punições a indivíduos acusados de violar direitos humanos ou de envolvimento em corrupção.

A publicação de Miller se soma a outras em que ele critica o STF, Moraes e autoridades brasileiras, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em julho, afirmou que o ministro busca protagonismo nas decisões contra Bolsonaro e acusou-o de adotar “táticas ditatoriais”.

Miller já esteve no Brasil em 2021 para promover sua rede social Gettr durante a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), organizada por Eduardo. Na ocasião, foi detido por ordem de Moraes no Aeroporto Internacional de Brasília e interrogado pela Polícia Federal no inquérito que investiga a incitação de atos antidemocráticos.

“Não fomos acusados de nenhum delito, e nos disseram que ‘queriam conversar’”, relatou à época. “Informamos que não tínhamos nada a dizer e, no fim, fomos liberados para voar de volta aos EUA.”

O Gettr foi criado como uma plataforma voltada a usuários de direita, sem moderação de conteúdo. Miller foi executivo-chefe da rede social até fevereiro de 2023, quando passou a integrar a equipe da pré-campanha de Trump.

Além de ter atuado como estrategista de comunicação na campanha presidencial de 2016, Miller trabalhou na empresa Jamestown Associates, responsável pela produção de comerciais para políticos do Partido Republicano.

Em entrevistas recentes, classificou Moraes como “a maior ameaça à democracia no Hemisfério Ocidental” e comparou o ministro a “um vilão de James Bond”. Segundo ele, “no Brasil, um juiz da Suprema Corte também tem a capacidade de emitir intimações, mandar prender pessoas e muito mais. Eles são incontroláveis”.

Crédito Revista Oeste

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