Foto - AP Photo/Leo Correa
O Conselho de Segurança da ONU votou a favor de uma proposta apoiada pelos EUA para um cessar-fogo em Gaza na segunda-feira.
O conselho de 15 membros negociou o acordo por mais de uma semana antes da votação de segunda-feira. A Embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, elogiou o resultado como um “voto pela paz”. Tanto o Hamas como Israel indicaram que são a favor da proposta.
“Ontem, o Conselho de Segurança da ONU apelou ao grupo terrorista Hamas para aceitar o acordo sobre a mesa, que poria fim aos combates em Gaza. O que é necessário – agora mais do que nunca – é um cessar-fogo com a libertação de reféns. Israel já aceitou este acordo. Agora, a bola está no campo do Hamas”, escreveu Thomas-Greenfield em comunicado na terça-feira.
A proposta foi aprovada por unanimidade por 14 votos a 0, com a abstenção da Rússia.
A proposta de cessar-fogo apela a um processo de três fases que conduza ao fim da guerra de Israel em Gaza, começando com a troca de reféns em Gaza por palestinianos presos em Israel.
A segunda fase veria um fim negociado para a guerra e a retirada de Israel de Gaza. A terceira fase cobriria a reconstrução de Gaza.
Embora a administração Biden diga que Israel aceitou o acordo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não o reconheceu publicamente. Thomas-Greenfield notou a discrepância em uma entrevista na segunda-feira à NPR.
“Ele não disse [aceito ]por razões que não sei… que não posso abordar aqui”, disse ela.
Um alto funcionário do grupo terrorista Hamas confirmou o acordo de cessar-fogo na terça-feira. Sami Abu Zuhri disse que o grupo terrorista está pronto para negociar os detalhes, acrescentando que cabe a Washington garantir que Israel o cumpra.
“A administração dos EUA enfrenta um verdadeiro teste para cumprir os seus compromissos e pôr fim imediatamente à guerra, numa implementação da resolução do Conselho de Segurança da ONU”, disse Abu Zuhri.
O secretário de Estado, Antony Blinken - Reuters/Elizabeth Frantz/Piscina/Foto de arquivo
Osama Hamdan, outro líder sênior dos terroristas, repetiu os apelos por um cessar-fogo permanente e disse que o grupo está pronto para um acordo justo de troca de prisioneiros, mas disse que a resolução da ONU tem falhas e que o secretário de Estado Antony Blinken “é um dos obstáculos para chegar a um acordo porque ele age exclusivamente de acordo com os desejos de ‘Israel’”.
“A resolução contém pontos que não aceitamos, mas os seus principais aspectos são positivos”, disse Hamdan. “A resolução do Conselho de Segurança não terá efeito no terreno a menos que a ocupação concorde com ela”.
